Adriano Correia de Oliveira, Cesariny e Francisco Lyon são homenageados
O músico Adriano Correia de Oliveira, o poeta e artista plástico Mário Cesariny e o editor livreiro Francisco Lyon de Castro são homenageados na quinta-feira, em Lisboa, com a atribuição dos seus nomes a ruas na zona de Entrecampos.
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Cultura Lisboa
Além do descerramento das placas toponímicas, a homenagem inclui ainda a inauguração de um mural de arte urbana, no qual os três artistas são retratados, de acordo com um comunicado hoje divulgado pela Câmara Municipal de Lisboa.
As ruas e o mural, da autoria de Murta Uivo, Miguel Brum e Smile, localizam-se junto à Avenida das Forças Armadas.
A realização do mural foi uma das propostas vencedoras do Orçamento Participativo da Câmara de Lisboa de 2014, subscrita pela Associação de Moradores da Praça de Entrecampos.
A cerimónia de homenagem está marcada para as 17:30 de quinta-feira.
Adriano Correia de Oliveira (1942-1982) tornou-se conhecido como intérprete do fado de Coimbra e cantor de intervenção. Entre 1967 e 1980 editou seis álbuns em nome próprio. A título póstumo foi condecorado Comendador da Ordem da Liberdade, em 1983, e Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, em 1994.
Mário Cesariny (1923-2006), considerado um dos principais representantes do movimento surrealista em Portugal, foi poeta, pintor, e também desenvolveu um trabalho intenso de recolha, compilação e arquivismo das atividades destes artistas.
O poeta e pintor recebeu vários prémios pela obra escrita e plástica, nomeadamente o Prémio Vida Literária, da Associação Portuguesa de Escritores, e o Grande Prémio EDP de Artes Plásticas. Em 200, foi-lhe atribuída a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade de Portugal. Depositou a sua obra plástica na Fundação Cupertino de Miranda, em Vila Nova de Famalicão.
Francisco Lyon de Castro (1914-2004) fundador das Publicações Europa-América era, à data da sua morte, o mais antigo editor do mundo no ativo.
Fundou com o seu irmão Adelino as Publicações Europa-América em 1945, que, além da atividade editorial, se propunham importar livros e publicações periódicas estrangeiras.
Antes do 25 de Abril editou autores "proibidos" como Soeiro Pereira Gomes, Alves Redol, Garcia Marquez e Jorge Amado, de quem era particular amigo.
Em 1975, foi condecorado com a Ordem Nacional de Mérito de França e com o grau de Comendador da Ordem da Liberdade de Portugal. Em 2000, o Governo francês conferiu a Lyon de Castro o grau de Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras.
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