Serralves leva exposição de Helena Almeida a Bruxelas, depois de Paris
A exposição de Helena Almeida do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, no Porto, é hoje inaugurada em Bruxelas, no Wiels - Centro de Arte Contemporânea da capital belga, depois de ter passado por Paris.
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Cultura Porto
"A exposição, que agora pode ser visitada pelo público belga, aborda o trabalho de pintura, fotografia, vídeo e desenho produzido por Helena Almeida numa carreira de mais de cinco décadas, e foi comissariada por João Ribas, diretor-adjunto do Museu de Serralves, e Marta Moreira de Almeida, curadora do Museu de Serralves", pode ler-se no comunicado enviado pela instituição.
A exposição, intitulada 'Corpus' para o público belga (depois de ter estado no Porto, sob o título 'A minha obra é o meu corpo, o meu corpo é a minha obra'), vai estar naquele espaço até 11 de dezembro.
Na apresentação da exposição à imprensa, quando esteve em Serralves, em outubro passado, a diretora do museu, Suzanne Cotter, disse que se tratava de uma mostra "extremamente importante" para o museu, que, apesar de não ser uma retrospetiva, apresentava uma "visão geral do trabalho [de Helena Almeida] e transmite realmente o quão fresco e radical é".
Cotter realçou esperar que a exposição pudesse ser uma "revelação para as gerações mais jovens que não tiveram a possibilidade de acompanhar o trabalho de Helena Almeida ao longo das últimas cinco décadas".
Desde trabalhos criados em 1966 e expostos na Galeria Buchholz, em Lisboa, nos anos seguintes, até peças criadas na corrente década, 'Helena Almeida: A minha obra é o meu corpo, o meu corpo é a minha obra' acompanha a evolução ao longo das décadas da artista portuguesa que "habitou" as suas pinturas ao trabalhá-las a partir da fotografia.
Por entre as obras selecionadas estão peças como 'Ouve-me', de 1979, que, na opinião do diretor-adjunto do Museu de Serralves, talvez seja "mais relevante hoje" do que no ano da Revolução Iraniana, quando foi criada.
Na série 'Ouve-me', Helena Almeida usa a palavra escrita - "ouve-me", exatmente -, como barreira ou 'ecrã-cortina' do próprio corpo ou enunciação da mudez.
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