Começa hoje o festival Rama em Flor. Feminismo é um dos temas centrais
Cinema, música, artes visuais e debates servirão, a partir de hoje, para discutir feminismo e cultura 'queer', em Lisboa, no festival Rama em Flor, "politizado e inclusivo", como a organização o descreveu à Lusa.
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Cultura Lisboa
Rama em Flor, que cumpre a primeira edição até ao dia 17, em vários espaços de Lisboa, é um festival organizado por entidades independentes que querem dar mais visibilidade a uma representação mais alargada do que é ser mulher.
"Este pretende ser um espaço de inclusão, de encontro, sem medos de confrontos. Temos o nosso público, mas queremos extravasar a discussão para outros públicos e fazer as pessoas pensar", explicaram à Lusa Rodrigo Soromenho Marques, da promotora Maternidade, e Daniela Ribeiro, da associação cultural Galeria Zé dos Bois (ZDB).
Estas duas entidades são coorganizadoras do Rama em Flor, o festival que durante mais de uma semana contará com sessões de cinema, concertos, 'workshops' e debates sobre identidade de género, sobre a condição de se ser mulher, sobre sexualidade e direitos humanos.
Rodrigo Soromenho Marques explicou que o festival tem uma programação politizada, que pretende dar visibilidade a uma rede de ativismo cultural, mas quer também tentar colmatar uma falha na discussão pública sobre aquelas questões.
"Acho que estas questões sociais devem estar presentes na cultura. Toda a gente tem a sua ideologia implicada e isso tem de ser incluído nos discursos. Queremos incitar a que haja um questionamento", disse.
O Rama em Flor contará com um ciclo de cinema na Galeria Zé dos Bois, com filmes como "Rhoma acans", de Leonor Teles, "O aborto não é um crime", feito pela Cinequipa pouco depois da revolução de Abril de 1974, e "Gisberta", de Cláudia Varejão e Miguel Bonneville.
Nos dias 13, 14 e 15, a ZDB acolherá quatro conferências, entre as quais 'Identidades transfeministas', com as ativistas Alice Cunha e Viviane Vergueiro e Emerson Pessoa, e 'Arte e feminismos', com a participação de Giulia Lamoni, João Pedro Vale, Margarida Brito Alves, Mariana Tengner, Nuno Crespo e Shahd Wadi.
A programação musical passará pela ZDB, espaços Damas, Lounge e Rua das Gaivotas 6, com o trio britânico Shopping, as lisboetas Clementine, Ninaz e Sallim ou a brasileira LauraL.
Daniela Ribeiro sublinhou que Rama em Flor é um festival comunitário, feito para a comunidade e para ajudar a dar mais visibilidade aos feminismos.
O encerramento do Rama em Flor, no dia 17, concentra-se na ZDB, com destaque para a atuação, em formato DJ Set, dos irmãos suecos Olof Dreijer e Karin Dreijer, conhecidos como The Knife.
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