Romance vencedor do Prémio Agustina Bessa-Luís publicado esta semana
O romance 'Fredo', de Ricardo Fonseca da Mota, vencedor, no ano passado, do Prémio Literário Revelação Agustina Bessa-Luís/Estoril Sol, é publicado esta semana, anunciou a Gradiva, que chancela a obra.
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Cultura Fredo
Na ata, o júri, ao qual presidiu Guilherme d'Oliveira Martins, escreveu que 'Fredo' é "um romance de aprendizagem da experiência da relação com os outros".
O júri afirmou ainda que teve em conta a natureza intrínseca de um romance "narrado na primeira pessoa, numa linguagem sóbria, assente num registo quase confessional", que "acompanha a descoberta que um jovem (Adolfo Maria) vai fazendo dos silêncios e da solidão que sempre acabou por marcar os horizontes de vida e, sobretudo, as suas mágoas e tristezas".
Segundo a editora, "esta é uma obra de relações, com as palavras, as emoções, os outros, [e] o mundo".
"É um livro que cruza vidas aparentemente longínquas --- a de um jovem do interior (Adolfo Maria) que se muda para Lisboa à procura de um lugar que lhe satisfaça o sonho, e o de um velho (Fredo), que teve quatro famílias e morreu sozinho --- aparentemente contrárias, mas ao mesmo tempo ligadas pela descoberta de si, de ambos", adianta a editora.
"De um lado a aprendizagem da vida, do outro, a de como se despedir dela", sintetiza a editora, acrescentando que "é ainda um elogio aos heróis que nunca foram cantados, aos amores sem testemunho, às mortes solitárias".
Segundo a Gradiva, o autor neste romance revela "uma escrita tão sóbria quanto elegante, que faz com que os olhos se prendam às letras, com o encanto da descoberta de um pedaço de prosa que dá gosto".
Ricardo Daniel Fonseca da Mota quando venceu o galardão encontrava-se a trabalhar em Londres, nasceu em Sintra, nos arredores de Lisboa, e viveu a adolescência em Tábua e Coimbra.
À Lusa, o autor, em comunicado, refere-se ao romance como "um exercício criativo, que surge após uma viagem pela solidão, um elogio às histórias acumuladas por detrás de cada rosto, uma interrogação acerca do destino".
Ricardo Fonseca da Mota, com o pseudónimo Ricardo Agnes, publicou o livro de poesia 'In Descontinuidades' (2008), assim como textos nas revistas Oficina de Poesia (2009), Via Latina (2009 e 2011), Rua Larga (2009).
O autor é um dos fundadores do Grupo de Expressão Dramática InterDito, para o qual escreveu vários textos incluídos nas peças 'Sentir tudo de todas as maneiras' e 'Self-Service'.
Ricardo Fonseca da Mota escreveu também para projetos musicais e participou em diferentes exposições artísticas individuais e coletivas.
Em 2008, venceu o concurso i(M)agos--manifestações da imaginação, na categoria de escrita criativa de poesia (2008), no âmbito da Semana Cultural da Universidade de Coimbra.
O Prémio Revelação Agustina Bessa-Luís foi instituído em 2008, pela Estoril-Sol, no quadro das comemorações do cinquentenário da empresa, numa homenagem à autora de 'A sibila'.
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