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Desvendada a 'Materialidade e metamorfose' de Miró em Serralves

'Joan Miró: Materialidade e Metamorfose' é o nome da exposição, a partir das 84 obras do pintor catalão, pertencentes ao Estado português, a inaugurar a 30 de setembro, em Serralves, com curadoria do historiador Robert Lubar Messeri.

Desvendada a 'Materialidade e metamorfose' de Miró em Serralves
Notícias ao Minuto

12:03 - 25/07/16 por Lusa

Cultura Porto

Segundo a Fundação de Serralves, a mostra, com desenho arquitetónico de Álvaro Siza Vieira, vai incluir de 75 a 80 obras de Miró (na foto), na maioria desconhecidas do público, incluindo seis das suas pinturas sobre masonite, de 1936, e também seis "sobreteixims" (tapeçarias), de 1973.

Professor de arte, investigador, responsável pela cátedra Joan Miró, diretor da Universidade de Nova Iorque e do Grupo de Investigação Internacional Joan Miró, Robert Lubar Messeri, o comissário da mostra, é "um destacado especialista mundial" na obra do pintor catalão, de acordo com a informação publicada pela Fundação de Serralves, no seu sítio na internet.

"Materialidade e Metamorfose" vai abranger um período de seis décadas da carreira do artista, de 1924 a 1981, "debruçando-se, de forma particular, sobre a transformação das linguagens pictóricas", "as metamorfoses artísticas", que Miró começou a desenvolver em meados dos anos 1920.

"O pensamento visual" do artista e o modo como trabalha sensações, "que variam entre o tátil e o ótico, são examinados em pormenor", garante a fundação.

'Joan Miró: Materialidade e Metamorfose' vai abrir ao público a 01 de outubro, no Museu de Serralves, onde ficará patente até 28 de janeiro de 2017.

O anúncio da mostra, pela Fundação de Serralves, acontece numa altura em que o ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, revelou ser "desejo do Governo que os Mirós fiquem no Porto", lançando um desafio sobre a permanência da coleção na cidade.

Numa entrevista ao jornal Público, no domingo, o ministro da Cultura afirmou: "Agora o Porto tem de dizer se os quer".

Luís Filipe Castro Mendes estendeu o desafio a toda a sociedade local e comentou que, "se Câmara do Porto tiver uma solução, será uma notícia interessante".

Disse ainda que não pretende que os quadros fiquem em permanência no Museu de Serralves, onde grande parte da coleção vai ser exibida.

Em abril, Castro Mendes tinha reiterado as intenções anunciadas pelo antecessor, João Soares, e pelo primeiro-ministro, António Costa, de que a coleção era para ficar em Portugal.

Em Lisboa, justificou agora o ministro, já existem o Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado, o Museu Coleção Berardo, e será ainda inaugurado, em outubro, em Belém, o Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, iniciativa da EDP.

As 84 obras de Joan Miró (1893-1983), depositadas nos cofres da Caixa Geral de Depósitos, em Lisboa, estão na posse da Parups e da Parvalorem, sociedades de capitais públicos, criadas em 2010, para gerir os ativos e recuperar os créditos do ex-Banco Português de Negócios (BPN).

Sobre a coleção ainda correm processos nos tribunais, interpostos há cerca de dois anos, pelo Ministério Público, contra o processo da venda no estrangeiro, e a impugnação do arquivamento da classificação da coleção, decidida pela anterior tutela da cultura, do Governo PSD/CDS-PP, e que envolve ainda as empresas portuguesas e a leiloeira Christie's.

A agência Lusa contactou já a Câmara Municipal do Porto e aguarda resposta.

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