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Belmondo e Skolimowski galardoados com Leão de Ouro

O ator francês Jean-Paul Belmondo (na imagem) e o realizador polaco Jerzy Skolimowski foram galardoados com o Leão de Ouro no Festival de Veneza pelas suas carreiras, anunciou hoje a organização.

Belmondo e Skolimowski galardoados com Leão de Ouro
Notícias ao Minuto

17:29 - 14/07/16 por Lusa

Cultura Veneza

A decisão foi tomada pela direção da bienal de Veneza, que organiza o festival de cinema, cuja 73.ª edição se realiza este ano entre 31 de agosto e 10 de setembro.

A eleição de Belmondo e Skolimowski foi proposta pelo diretor da mostra veneziana, Alberto Barbera, de acordo com um comunicado do festival citado pela agência espanhola Efe.

Trata-se da primeira vez que o festival concede este galardão, que passa agora a ser atribuído todos os anos em duas categorias: realização ou carreiras no âmbito da realização, e ator ou atriz ou representantes do mundo da interpretação.

Jean-Paul Belmondo, "ícone do cinema francês e internacional, soube interpretar como ninguém a inspiração da modernidade típica da 'nouvelle vague' através dos personagens alienados de 'À double tour' (1959), de Claude Chabrol; 'O Acossado' e "Pedro, o Louco', ambos de Jean-Luc Godard", declarou o festival.

A organização do evento destaca especialmente a forma como Belmondo veste a pele de Michel Poiccard/Lászlo Kovacs em 'O Acossado', em que compôs "a figura do anti-herói provocador e sedutor, muito diferente dos estereótipos hollywoodianos em que se inspirava o próprio Godard".

Belmondo mostra "um rosto maravilhoso, uma simpatia irresistível, uma versatilidade extraordinária", declarou Alberto Barbera.

Quanto a Skolimowski, acrescentou o diretor do festival, o polaco é um dos "cineastas mais representativos daquele cinema moderno nascido com as 'nouvelles vagues' dos anos sessenta e, com Roman Polansky, o realizador que mais contribuiu para a renovação do cinema polaco na época".

A trilogia realizada na Polónia na sua juventude, 'Ryopsis' (1964), 'Walkover' (1965) e 'Muro' (1966) "foi para todos os países de leste o que os primeiros filmes de Godard foram para o cinema ocidental", considerou Barbera.

As películas mais recentes do realizador polaco - 'Quatro noites com Ana' (2008), 'Essential killing' (2010, prémio especial do júri em Veneza) e '11 minutos' - "manifestam uma capacidade inesgotável e surpreendente de renovação, que o colocam por direito próprio entre os autores mais combativos e originais do cinema contemporâneo", de acordo com o festival.

O realizador de 'Quatro noites com Anna', que marcou o seu regresso ao cinema após 17 anos em que se dedicou à pintura, venceu em 2015 em Portugal o prémio de Melhor Filme do Lisbon & Estoril Film Festival com "11 minutos", filme que nesse ano foi também nomeado para o Leão de Ouro no Festival de Veneza e que o comité da Polónia escolheu para candidato ao Óscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2016.

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