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Retrospetiva dedicada a José Escada com 170 obras no Museu Gulbenkian

A primeira retrospetiva dedicada ao pintor José Escada (1934-1980), com 170 obras, algumas inéditas, que acompanham as várias fases do artista, abre ao público a 09 de julho no Museu Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

Retrospetiva dedicada a José Escada com 170 obras no Museu Gulbenkian
Notícias ao Minuto

13:19 - 01/07/16 por Lusa

Cultura Pintura

De acordo com a Fundação Gulbenkian, a exposição, que fica patente até 31 de outubro deste ano no Museu Calouste Gulbenkian/Coleção Moderna (antigo Centro de Arte Moderna), tem como título 'Eu não evoluo, Viajo'.

Nascido em Lisboa, em 1934, José Escada desenvolveu uma obra intensa, abundante e com uma forte dimensão experimental que se manifesta no recurso a diferentes meios e técnicas, como o desenho, a ilustração, as colagens, os relevos recortados, entre outros géneros artísticos.

Nesta mostra vão estar cerca de 170 obras, na maioria provenientes de coleções privadas, distribuídas em cinco núcleos temáticos que seguem uma orientação cronológica, entre 1955 e 1980, e que abarcam toda a sua obra, em diferentes fases criativas.

Em 'Joie de vivre' é revisitada a génese do seu trabalho, menos conhecido; em 'Iluminações' é apresentado um conjunto de trabalhos produzidos entre 1963 e 1965 onde a luz é central como elemento transformador da pintura mas também como elemento místico.

No núcleo 'Metamorfoses' predominam os relevos tridimensionais e as colagens que evidenciam uma figuração antropomórfica; e em 'As nossas amarras', surge uma pintura dominada pela temática das cordas e das amarras, coincidindo com uma produção centrada na representação do corpo masculino.

Finalmente, no último núcleo, 'Da minha janela', o artista fecha-se num universo íntimo e autobiográfico, segundo uma nota de imprensa sobre a exposição.

No seu percurso de via e obra, José Escada colaborou com artistas, arquitetos e escritores, sobretudo no contexto do MRAR (Movimento de Renovação da Arte Religiosa), em livros, revistas e jornais, quer como ilustrador, quer através da produção de textos críticos sobre a arte moderna e o ensino artístico em Portugal.

Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, entre 1960 e 1961, em Paris, onde intensificou as suas pesquisas em torno da abstração, colaborando no grupo KWY (letras que não existiam no alfabeto português), com os artistas Lourdes Castro, René Bértholo, Costa Pinheiro, João Vieira, Gonçalo Duarte, Christo e Jan Voss.

Criado em torno da revista KWY (1958-1963), o grupo continuaria ativo até 1968.

Nas vésperas da sua morte prematura, aos 46 anos, a obra de José Escada centrou-se em trabalhos mais figurativos e autobiográficos, representando um mundo que tenderá a ser de proximidade: o bairro do Alto de Santo Amaro, em Lisboa, a casa da mãe, o seu quarto ateliê, ou a sua própria janela.

A exposição tem curadoria de Rita Fabiana e inaugura a 08 de julho, às 18:30, na galeria 1 da Coleção Moderna.

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