O júri, presidido por Manuel Alegre, atribuiu a distinção por unanimidade, no passado mês de outubro, destacando “a construção sólida" do romance 'O Coro dos Defuntos', que conquistou o prémio, no valor de 100 mil euros.
"Estamos perante um romance que tem uma construção sólida, conduzindo o leitor através de uma escrita que inscreve, em paralelo, o percurso do país e o do mundo", disse o júri sobre a obra de António Tavares, vice-presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz.
Os jurados realçaram ainda a "versatilidade na composição da narrativa e no cruzamento de vozes e perspetivas correspondente à diversidade de personagens".
O Prémio LeYa foi criado em 2008 com o objetivo de distinguir "um romance inédito escrito em português", segundo o regulamento.
Além de Manuel Alegre, o júri foi constituído pelos escritores Nuno Júdice, Pepetela e José Castello, o professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra José Carlos Seabra Pereira, o reitor do Instituto Superior Politécnico e Universitário de Maputo, Lourenço do Rosário, e a professora da Universidade de São Paulo Rita Chaves.
'O rasto do jaguar', do brasileiro Murilo Carvalho, foi o primeiro vencedor do prémio, em 2008, e, no ano seguinte, o romance vencedor foi 'O olho de Hertzog', do moçambicano João Paulo Borges Coelho.
Em 2010, dada a falta de qualidade dos candidatos, não foi entregue o galardão, mas, em 2011, foi distinguida a obra 'O teu rosto será o último', de João Ricardo Pedro, de quem foi recentemente publicada uma nova obra, 'Um postal de Detroit'.
'Debaixo de algum céu', de Nuno Camarneiro, foi o vencedor em 2012, e, em 2013, o prémio foi atribuído a 'Uma outra voz', de Gabriela Ruivo Trindade. 'O meu irmão', de Afonso Reis Cabral, foi o vencedor em 2014.