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Nova criação de Olga Roriz é sobre refugiados

A nova peça coreográfica de Olga Roriz, 'Antes que matem os Elefantes', centrada na situação dos refugiados e na problemática das migrações, estreia a 29 de abril no Centro Cultural de Ílhavo.

Nova criação de Olga Roriz é sobre refugiados
Notícias ao Minuto

13:40 - 14/04/16 por Lusa

Cultura Coreógrafos

De acordo com a Companhia Olga Roriz, a estreia está prevista para o Dia Mundial da Dança, 29 de abril, às 22:00, no Centro Cultural de Ílhavo, distrito de Aveiro, entidade com a qual a peça foi criada em coprodução.

A nova coreografia "Antes que matem os Elefantes" tem como temas centrais os refugiados, as migrações e os territórios, e fará uma digressão por cinco cidades durante 2016 e janeiro de 2017.

Num texto da coreógrafa sobre a nova peça, Olga Roriz fala nas emoções, na procura, memória, os medos, dúvidas e inseguranças ligadas às migrações e à saída forçada das comunidades dos seus territórios de origem.

"Em frente... sempre em frente, não olhar para trás. Olhos fechados sem querer pensar, o frio, o medo do frio, a fome (...). O filho de encontro ao peito, cobertor às costas e malas, sacos, bonecos, entre uma outra pequena mão de carne e osso. Pés devastados, pisados de cada poeira", escreve a coreógrafa.

Olga Roriz acrescenta nesse texto: "Perdido o mínimo poder, perdida a dignidade, cansa. Demolida a última réstia de humanidade, cansa".

A coreografia é de Olga Roriz, a seleção musical é de Olga Roriz e João Rapozo, a cenografia e figurinos de Olga Roriz e Paulo Reis, desenho de luz de Cristina da Piedade, vídeo e pós-produção de áudio de João Raposo.

Na interpretação estarão Beatriz Dias, Carla Ribeiro, Marta Lobato Faria, André de Campos, Bruno Alexandre, Bruno Alves e Francisco Rolo.

Após a estreia, "Antes que matem os Elefantes" irá realizar uma digressão por cinco cidades: Casa das Artes, em Vila Nova de Famalicão (28 de maio), Teatro Camões, em Lisboa (15 e 16 de julho), Teatro Municipal Sá de Miranda, em Viana do Castelo (23 de setembro), Teatro Municipal de Bragança (29 de outubro) e Teatro Nacional de São João, no Porto (26,27 e 28 de janeiro de 2017).

No ano passado, Olga Roriz assinalou 20 anos da companhia em nome próprio e 40 anos de carreira com a apresentação da peça "Propriedade Privada" (1996), no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa.

Nascida em Viana do Castelo, em 1955, Olga Roriz estudou ballet clássico e dança moderna com Margarida Abreu e Ana Ivanova, ingressou na Escola de Dança do Conservatório Nacional de Lisboa e tornou-se primeira bailarina do Ballet Gulbenkian, onde foi depois convidada a coreografar.

Em 1995, viria a criar a Companhia Olga Roriz, atualmente instalada no Palácio Pancas Palha, cedido pela Câmara Municipal de Lisboa.

O seu repertório na área da dança, teatro e vídeo reúne cerca de 90 obras, entre elas "Pedro e Inês", "Electra", "Nortada" e "A Sagração da Primavera".

Entre outros prémios, foi distinguida com a insígnia da Ordem do Infante D. Henrique (2004), Grande Prémio da Sociedade Portuguesa de Autores (2008) e Prémio da Latinidade (2012).

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