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Três filmes portugueses no festival de documentário Visions du Réel

Os documentários "Treblinka", de Sérgio Tréfaut, "Ama-San", de Cláudia Varejão, e "Talvez deserto, talvez universo", de Miguel Seabra Lopes e Karen Akerman, integram o festival de cinema Visions du Réel, que começa no dia 15 em Nyon, Suíça.

Três filmes portugueses no festival de documentário Visions du Réel
Notícias ao Minuto

11:59 - 06/04/16 por Lusa

Cultura Suíça

'Treblinka' e 'Ama-San' foram selecionados para a competição internacional e terão estreia mundial em Nyon, enquanto 'Talvez deserto, talvez universo' será exibido numa secção programada pela estrutura Docc Alliance.

'Treblinka', que integrará também neste mês o festival IndieLisboa, tem como pano de fundo o Holocausto, baseado no livro de memórias de Chil Rajchamn, um judeu sobrevivente do campo de concentração de Treblinka, na Polónia.

Rodado dentro de um comboio, na Rússia, Ucrânia e Polónia, este é um filme evocativo, que assenta nos relatos dos horrores em campos de concentração e conta com a participação, entre outros, de Isabel Ruth e Kirill Kashlikov.

"'Treblinka' é um filme de vozes e de corpos nus, a maior parte das vezes reflectidos nas janelas de um comboio. O público pode sentir-se desconfortável com a estética das imagens. Pode parecer contraditório falar do horror utilizando imagens belas. Mas, ao longo da história da arte, a beleza tem sido sempre utilizada para retratar as mais horrendas situações", explica o realizador.

'Ama-San', de Cláudia Varejão, leva o espectador para Oriente e para uma tradição milenar, quase em extinção, de mulheres pescadoras que mergulham, em apneia, nas águas do Pacífico. A média de idade destas mulheres situa-se entre os 50 e os 85 anos.

Na nota de imprensa, Claúdia Varejão refere que "estes mergulhos são dados no Japão há mais de 2.000 anos pelas Ama-San, literalmente, mulheres do mar que na cultura japonesa ocupam um lugar especial, sendo reverenciadas e, ao mesmo tempo, incompreendidas".

Fora de competição, o Visions du Réel mostrará ainda o documentário "Talvez deserto, talvez universo", rodado com pacientes da unidade de internamento do Hospital Júlio de Matos, em Lisboa, e premiado em 2015 no DocLisboa.

Os homens que habitam aquela unidade foram considerados inimputáveis pelo tribunal. "Sentem o tempo passar, lento. É neste tempo individual que o filme se instala", explicam os autores na sinopse.

O Visions du Réel decorrerá de 15 a 23 de abril com 180 filmes de quase 50 países.

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