"Efetivamente foi declarada elegível a recuperação do Cineteatro Gardunha, no valor de 2,4 milhões de euros. Nesse sentido, diria, agora com uma taxa de certeza larga, que finalmente o Cineteatro Gardunha vai ser recuperado", afirmou Paulo Fernandes.

Segundo explicou, a verba a garantir pelo município será de 400 mil euros, um esforço financeiro que o autarca classificou como muito importante, já que permitirá recuperar um dos edifícios mais emblemáticos da cidade, dando simultaneamente resposta a uma necessidade e a uma antiga aspiração deste concelho do distrito de Castelo Branco.

"Pretendemos que este seja um espaço de apoio a tudo o que é a componente das indústrias criativas e inovadoras (...) e que nos ajude no quadro de programação e afirmação do nosso concelho, nomeadamente na atração de eventos, que, até ao dia de hoje, tínhamos muita dificuldade [em acolher], dado que não tínhamos um auditório para 300/400 pessoas".

Segundo adiantou, o projeto que vai ser elaborado por uma equipa mista constituída pelos técnicos do município e pelo arquiteto e cenógrafo José Manuel Castanheira, deverá estar concluído até ao final do verão.

"Queremos lançar o respetivo concurso público entre setembro e outubro para iniciarmos a obra no princípio do próximo ano", apontou Paulo Fernandes.

Entre as linhas orientadoras estará "uma enorme preocupação em tentar manter as componentes funcionais e estéticas do edifício", sendo que as maiores alterações devem verificar-se na área do palco, balcão e plateia, pela necessidade de adaptar essas zonas às regras definidas para este tipo de equipamentos.

Esta intervenção integra a candidatura que o município apresentou ao Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU), a qual foi recentemente aprovada e que contempla vários investimentos a concretizar até 2018, no valor global de cinco milhões de euros.

O Cineteatro Gardunha é um edifício emblemático da cidade, que está fechado há vários anos e para o qual já foram realizados outros projetos de recuperação, que, todavia, nunca chegaram a ser concretizados devido a um diferendo com os proprietários do edifício que se arrastou no tribunal e que só ficou concluído em 2014, quando a autarquia ficou com a posse definitiva deste imóvel.

No âmbito da recuperação de imóveis no concelho, Paulo Fernandes anunciou ainda que o projeto para a transformação do antigo Convento de Santo António num hotel de quatro estrelas também vai avançar a curto prazo, visto que o investidor privado já viu ser aprovada a respetiva candidatura (de cerca de três milhões de euros) aos fundos comunitários.