A exibição, organizada pelo Arte Institute, acontece nos cinemas Anthology Film Archives, em Manhattan.
O segundo filme do cineasta português conta a história do movimento musical angolano que mistura batidas house e techno com ritmos tradicionais.
Na altura da sua estreia, em 2013, o realizador contou à Lusa que o interesse sobre o estilo cultural africano surgiu ainda durante os tempos de faculdade, nos anos 1990, quando costumava frequentar discotecas com música africana, em Lisboa.
"Tendo alguns amigos angolanos, acabava a frequentar lugares com música africana e surgia sempre aquela curiosidade, de onde vem toda essa alegria, toda essa música, e quem são essas pessoas que fazem [esse som]", disse.
Foram necessários mais alguns anos até que o artista angolano Coréon Dú cruzasse o caminho de Patrocínio "com a mesma paixão de querer contar essa história" para que o projeto começasse a ganhar forma.
"Queríamos descobrir o que aquele movimento estava representando para a juventude angolana, mostrar ao mundo toda aquela cor, aquela mistura daquilo que é contemporâneo com o tradicional", disse Patrocínio.
A história, contada por dez personagens relacionados com o movimento, levou cerca de seis meses de filmagens, feitas num espaço de dois anos, além de uma fase de pesquisa prévia, no qual procuraram as pessoas que iriam compor o enredo.
Entre os escolhidos estão figuras como Hochi Fu, principal 'manager' e produtor do Kuduro em Angola, que regressou ao país após anos de estudo na Europa, Tony Amado, considerado o responsável por dar o nome ao movimento, e Titica, a primeira transexual de Angola.
O projeto foi realizado em parceria entre a produtora portuguesa BRO, fundada por Mário e seu irmão Pedro Patrocínio, e a angolana Da Banda.
Patrocínio é também autor de 'Complexo: Universo Paralelo', documentário filmado em favelas do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro.