"Muito boa-noite e obrigada pelo vosso aplauso que me comove muito, 70 anos depois de estrear o 'Aniki Bobó'", começou por dizer o cineasta de 104 anos, perante uma plateia numerosa que o esperava no Rivoli para a exibição do seu filme.
O cineasta recordou que "quando [o filme] foi apresentado em Lisboa e no Porto, teve de ser retirado do ecrã por falta de público".
A longa-metragem foi então "muito mal acolhida pelo público, influenciado pela crítica" da época, acrescentou.
"Agora, passados 70 anos, tem um acolhimento excepcional e eu fico sensibilizado e reconhecido. Muito obrigado", rematou o realizador.
Manoel de Oliveira assistiu hoje à exibição de 'Aniki Bobó', uma longa-metragem de 1942, que conta as peripécias de infância de três crianças, Teresinha, Carlitos e Eduardo.
"É um filme que marcou o cinema mundial, é o primeiro filme do neo-realismo que foi feito a nível mundial", assinalou o director do festival Fantasporto, Mário Dorminsky.