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Novo livro mostra importância do azulejo na arquitetura bairradina

As fachadas em azulejo e as pinturas decorativas de 350 casas dos oito concelhos da Bairrada são o destaque de um livro sobre arquitetura bairradina, que será lançado no dia 16 pela Câmara da Mealhada.

Novo livro mostra importância do azulejo na arquitetura bairradina
Notícias ao Minuto

10:01 - 07/01/16 por Lusa

Cultura Mealhada

Intitulado 'Artes Decorativas nas Fachadas da Arquitetura Bairradina, azulejos e fingidos (1850 - 1950)', o livro é da autoria de Cláudia Emanuel Santos, conservadora do património da Santa Casa da Misericórdia da Mealhada, e resulta da adaptação da tese de mestrado que defendeu em 2008 na Universidade Portucalense.

O livro, que segue de perto o roteiro da região Demarcada da Rota da Bairrada vem acompanhado de um DVD contendo os catálogos de dez das mais representativas fábricas de cerâmica do país, entre as quais se destacam as históricas unidades das Devesas, Aleluia, Sacavém ou Bordalo Pinheiro.

"Não se trata apenas de um livro sobre fachadas de casas. Há também os catálogos das fábricas e extensas explicações sobre as técnicas de execução dos azulejos e dos fingidos", explica a autora.

Os fingidos são pinturas (normalmente frescos) que imitam os azulejos em muitas fachadas de casas bairradinas e cuja técnica de execução é minuciosamente explicada no livro pela autora, que conseguiu entrevistar artesãos e descendentes de artesãos que dominavam esta arte.

Das 350 casas destacadas no livro, 107 têm fachadas com fingidos, o que leva a autora a sonhar com um roteiro de azulejos e afins que sirva de complemento cultural à Região Demarcada dos Vinhos da Bairrada.

Mealhada, Anadia, Oliveira do Bairro, a maioria do concelho de Cantanhede, Águeda (parte meridional deste município), bem como algumas freguesias dos concelhos de Vagos, de Coimbra e ainda a freguesia de Nariz, já no município de Aveiro, são os locais selecionados para o livro.

"A região estudada coincide, por razões de operacionalidade, com a Região Demarcada da Bairrada. Evidentemente que a arquitetura desta região não possui um caráter estático, ela sofreu e sofre mutações, mas este estudo concentra-se sobretudo no registo da produção dos finais do século XIX até à segunda metade do século XX, período no qual o recurso aos revestimentos azulejares e às técnicas de ornamentação com argamassas ou por pintura, atingiram o máximo da sua expressão", explica Cláudia Emanuel.

Entre as 350 casas, a autora destaca as fachadas no centro da Mealhada, com destaque para a casa do Barão do Luso e a Farmácia Brandão, instalada num prédio Arte Nova. "No centro de todos os concelhos da Bairrada podem encontrar-se exemplares extraordinários", diz Cláudia Emanuel, que recomenda também uma visita à quinta do Viso, no Buçaco.

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