Por iniciativa da Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) e da Câmara de Vimioso, o Centro de Acolhimento do Castelo de Algoso reabriu ao público e está aberto ao público com horário fixo, tanto de verão como de inverno, e com um guia especializado à disposição.
"Trata-se de um esforço conjunto de facultar aos visitantes a descoberta de um monumento emblemático para terem acesso a toda a informação disponível que está no centro de interpretação", frisou o responsável.
Em declarações à Lusa, o presidente da Junta de Freguesia de Algoso Luís Fernandes, salientou que o castelo e o centro de acolhimento representam também uma oportunidade para dar visibilidade à zona.
"Trata-se de um castelo com muita procura. Houve anos em que passavam por aqui cerca de cinco mil pessoas, mas agora são menos, talvez por falta de divulgação. Mas, com reabertura do centro interpretativo, as pessoas poderão chegar aqui em maior numero", enfatizou.
O monumento é considerado pelos historiadores, como um dos "mais emblemáticos" castelos medievais da linha de defesa da fronteira transmontana e o antigo reino de Leão (Espanha) e está localizado no alto de um morro rochoso, no concelho de Vimioso, distrito de Bragança.
Esta antiga estrutura militar "domina" uma vasta área de toda a região do Planalto Mirandês, e a sua silhueta é visível para quem passa por estas paragens.
No Centro de Acolhimento, o visitante recua no tempo até ao período Calcolítico, como atestam um conjunto de peças expostas nas vitrinas do espaço e que são o resultado de escavações arqueológicas que foram levadas a efeito até à recuperação do castelo, há cerca de uma década.
"Os materiais recolhidos servem para contextualizar o castelo no espaço e no tempo. Temos um período cronológico que vai desde o Calcolítico, passando pela Idade Média até aos nossos dias", explicou a guia do centro interpretativo Clarisse Alves, licenciada em Historia e Património.
Garantem os investigadores que em 1224 D. Sancho II entregou o castelo de Algoso aos cavaleiros da Ordem do Hospital, dando-se assim, início "à mais extensa e marcante" etapa da história da antiga fortificação.
Para o presidente da câmara de Vimioso, o Centro de Acolhimento do Castelo Algoso, um dos ex-líbris do concelho e do Nordeste Transmontano, a aposta agora é na promoção.
"O conjunto de materiais arqueológicos e o equipamento multimédia mostram aos visitantes que este local desde há muitos séculos que é ocupado por diversas civilizações", destacou Jorge Fidalgo.
Atualmente, o castelo está protegido, no sentido de evitar a sua degradação, ou até mesmo, atos de vandalismo.