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Luís Miguel Cintra recorda sorte e excelência de trabalhar no cinema

O ator e encenador Luís Miguel Cintra afirmou hoje que trabalhar com os realizadores Paulo Rocha, João César Monteiro e Manoel de Oliveira foi essencial para o percurso de representação no cinema português.

Luís Miguel Cintra recorda sorte e excelência de trabalhar no cinema
Notícias ao Minuto

15:37 - 07/11/15 por Lusa

Cultura Percurso

Luís Miguel Cintra falava hoje no cinema Nimas, em Lisboa, no começo de uma homenagem que o Lisbon & Estoril Film Festival (LEFF) lhe presta ao longo da próxima semana.

A homenagem incluirá a exibição de vinte filmes - uma curta seleção entre a longa filmografia de Luís Miguel Cintra -, de realizadores como José Álvaro Morais, Joaquim Pinto e Nuno Leonel, João Botelho e Catarina Ruivo.

A retrospetiva abriu hoje com a exibição de "Pousada das chagas" (1972), de Paulo Rocha, e "Mon Cas" (1986), de Manoel de Oliveira, dois realizadores que Luís Miguel Cintra disse terem sido "muito importantes" no começo de carreira, sobretudo pelo contributo reflexivo para o desempenho como ator.

Luís Miguel Cintra, nascido em 1949, um dos fundadores e encenador do Teatro da Cornucópia, estreou-se no cinema em 1970 em "Quem espera por sapatos de defunto morre descalço", de João César Monteiro.

"Tive muita sorte em trabalhar com pessoas muitíssimo boas. Na altura não havia muitos atores, mas havia muito bons realizadores e eu era ainda pouco conhecido como ator", contou.

Tinha pouco mais de vinte anos e era bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. Fundou o Teatro da Cornucópia em 1973 com Jorge Silva Melo.

Paulo Rocha e Manoel de Oliveira foram dois dos realizadores com quem Luís Miguel Cintra mais trabalhou. "Foi o Paulo Rocha que cozinhou a ideia de me ir pescar para o cinema. Gostaram de mim mesmo e não pelos meus papéis", recordou.

Esta homenagem no LEFF acontece semanas depois de Luís Miguel Cintra ter anunciado que, por ter a doença de Parkinson, deixaria de representar em palco, mas continuaria a aceitar representar no cinema.

Prémio Pessoa 2005, Luís Miguel Cintra é considerado uma das figuras centrais do teatro português dos últimos 40 anos. "Hamlet", de Shakespeare, encenada em outubro na Cornucópia, foi a derradeira peça em que participou como ator.

A retrospetiva dedicada a Luís Miguel Cintra termina no dia 15 - último dia do festival - com a exibição do filme "E não se pode exterminá-lo?" (2009), de Jorge Silva Melo e Solveig Nordlund, no Teatro D. Maria II, em Lisboa.

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