Concertos de órgão em Lisboa por Gonzalez Uriol e François Espinasse
O 41.º Festival de Música Estoril Lisboa promove dois recitais de órgão, na capital, um no sábado, em S. Vicente de Fora, por José Luiz Gonzalez Uriol, e outro na terça-feira, na Sé, por François Espinasse.
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Cultura Estoril
O concerto de Gonzalez Uriol, no sábado, às 17:00, estava já agendado, no âmbito do ciclo celebrativo dos 250 anos do órgão de S. Vicente de Fora, que se iniciou no passado dia 11 de abril.
Este concerto intitula-se ‘Três séculos de música espanhola’ e inclui peças de compositores dos séculos XVI ao XIX, entre os quais Antonio de Cabezón, Andrés Sola, Juan Cabanilles, Ramón Ferreñac e José de Nebra
Gonzalez Uriol é um dos especialistas da música portuguesa para instrumentos de tecla, dos séculos XVII e XVIII, que regularmente se apresenta em Portugal, tendo sido o organista que fez o concerto de inauguração do órgão depois do restauro de 1994, segundo fonte da organização.
O órgão da Igreja de S. Vicente de Fora, construído em 1765 por João Fontanes, "tem a vantagem de se encontrar em estado quase original", disse à Lusa, o seu organista titular, João Vaz.
O Órgão de S. Vicente, que é "um dos mais importantes e representativos instrumentos barrocos portugueses", teve "uma intervenção de restauro de pouca monta em finais do século XIX e novamente no século seguinte", em 1956/57 e, depois, em 1977, disse João Vaz.
A última intervenção, mais profunda, foi concluída em 1994, por Claudio e Christine Rainolter, e repôs materiais originais.
Segundo João Vaz o órgão, de tipologia ibérica, "possui duas secções independentes, órgão principal e órgão de eco, a que correspondem dois teclados manuais de 47 teclas".
François Espinasse apresenta, na terça-feira, às 21:30, na Sé de Lisboa, um recital constituído por peças de organistas franceses de 1500 a 1900. Do programa, entre outras, fazem parte, as peças ‘Fantasia a cinco sobre 'Une jeune Fillette'‘, de Eustache du Caurroy, ‘Fugue sur le cromorne’ e ‘Duas fantasias’, de Louis Couperin, a ária ‘Wenn die frühlingslüfte streichen’, da Cantata BWV 202, de Johann Sebastian Bach, segundo transcrição para órgão de André Isoir, ‘Tema e variações da Grande Partita’, de Wolfgang Amadeus Mozart, também segundo transcrição para órgão de Isoir, e ‘Ária’, de Jehan Alain, entre outras.
O órgão que Espinasse vai utilizar foi construído por Flentrop, em 1964, e localiza-se no Coro Alto, do lado do Evangelho.
Nascido em 1961, François Espinasse estudou no Conservatoire National de Région de Toulouse. Em 1980 venceu o prémio de Órgão na classe de Xavier Darasse, tendo prosseguido os estudos com André Isoir. Foi laureado nos concursos de Toulouse, em 1986, de música contemporânea e de Tóquio-Musashino, em 1988.
Organista titular da igreja de Saint Sévérin, em Paris, é professor de Órgão no Conservatoire National Supérieur de Musique de Lyon, e membro da Comissão Superior dos Monumentos Históricos, e um dos titulares do órgão da capela do palácio de Versalhes, em França.
Recentemente, apresentou em primeira audição obras de Betsy Jolas, Pierre Farago e Philippe Hurel.
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