"O fado pode ser intenso e apaixonado sem ser triste"
Chega hoje às lojas o novo disco de Cuca Roseta. Numa entrevista ao Notícias ao Minuto, a cantora e compositora falou do novo disco e da evolução do fado enquanto música do mundo.
© Cuca Roseta
Cultura Cuca Roseta
O terceiro disco de Cuca Roseta chama-se Riû e é “um encontro do fado com as culturas onde ele faz sucesso”. A cantora e compositora explica, em entrevista ao Notícias ao Minuto, que este disco “foi pensado para mostrar que o fado pode ser intenso e apaixonado sem ser triste”.
Neste disco produzido por Nelson Motta, que assinou discos de Marisa Monte ou Daniela Mercury, Cuca canta aquilo a que o produtor chama de ‘world fado’, um fado virado para fora, que toda a gente quer ouvir e que bebe das influências que afinal lhe estiveram na origem. “São letras com esperança. A pensar no copo meio cheio e não meio vazio”, descreve Cuca.
No vídeo de apresentação do disco, Nelson Motta destaca que “o fado é como se fosse um dos segredos mais bem guardados da grande música do mundo”. Também este disco é do mundo e conta com a escrita e a composição de uma lista de nomes que enriquecem o seu alinhamento. São eles, Jorge Palma, Sara Tavares, Júlio Resende, Mário Pacheco, João Gil, Jorge Drexler ou Ivan Lins.
A fadista apresenta ainda dois temas originais compostos especialmente para ela por Bryan Adams e Djavan. Aliás, com este último, Cuca interpreta um dos únicos duetos que o cantor e compositor brasileiro concordou fazer nos últimos anos, o tema ‘O Amor Não é Somente Amor’. A capa do disco é uma fotografia de Cuca a sorrir tirada por Bryan Adams.
Sobre como conseguiu reunir todas estas estrelas no seu disco, conta que “foi algo que foi surgindo”. “Queria muito que eles entrassem no disco e não deixei de tentar. O máximo que e podiam dizer era que não aceitavam”. O desafio, indica, foi “trazer estes músicos para o fado garantindo que continuavam a ser eles, sem deixar de ser fado”.
‘Tanto’ e ‘Amor Ladrão’ são temas assinados totalmente por si, cruzando também em outras canções os seus próprios poemas com novas músicas de grandes compositores convidados.
Quanto à evolução que o fado tem sofrido ao longo dos anos, Cuca sublinha que é uma “evolução positiva”, que “o importante é haver respeito e paixão pelo fado”.
Esta nova geração de fadistas, faz sobressair, ”enriquece o fado”. O fado é cantado de uma forma nova, com novas influências mas, continua a ser “o que sentimos, as histórias do que vivemos.”
Para Cuca Roseta, “fado é vivência pura” e por isso tem de evoluir com os tempos.
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