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Artistas portugueses finalistas de prémio no País de Gales

Os portugueses Maria Ana Vasco Costa e Carlos Noronha Feio são finalistas do Mostyn Open, um prémio promovido pelo maior museu de arte contemporânea do País de Gales, cujo vencedor será anunciado na próxima sexta-feira.

Artistas portugueses finalistas de prémio no País de Gales
Notícias ao Minuto

20:12 - 07/03/15 por Lusa

Cultura 'Mostyn Open'

Ser selecionado foi positivo "para quem acaba de chegar ao mercado", admitiu a artista lisboeta, cuja carreira artística como ceramista é recente: a primeira exposição profissional foi no Espaço AZ, em Lisboa, em dezembro do ano passado.

Formada em arquitetura, Maria Ana Vasco Costa começou a vida profissional em Londres, em ateliês de arquitetos como David Adjaye e Terence Conran, entre 2004 e 2008, mas a "vocação" fê-la ingressar na escola de artes visuais Ar.Co, em 2009.

Naquela instituição diz ter encontrado "excelência e exigência na qualidade do trabalho dos alunos" que a ajudaram a evoluir, acabando por tornar-se docente e corresponsável do Departamento de Cerâmica.

"O meu trabalho é compulsivo e feito de forma serial. Faço pesquisa sobre a cor e o impacto do vidrado e a relação com o corpo da cerâmica", descreveu à agência Lusa.

Para o Mostyn Open foram selecionadas duas peças, cujas "linhas limpas e geométricas" reflectem, reconheceu, a relação com a arquitetura.

Carlos Noronha Feio, que reside em Londres há 14 anos, apresentou à competição um lenço de seda que faz parte da série "Matter of Trust: Art 4 debt 4 global citizenry".

Neste projeto, que inclui uma coleção pessoal de moedas alternativas e uma palestra, o artista propunha-se a usar as receitas da venda de lenços de seda, por si criados, para investir em dívida primária, portuguesa ou britânica, tentando assim influenciar as decisões políticas.

O lenço foi produzido para ser exposto na Eslovénia, em 2013, ano em que a coleção de divisas foi exibida no centro de artes Nottingham Contemporary.

Segundo Carlos Noronha Feio, algumas das peças do projeto deverão ser apresentadas este ano no Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado, em Lisboa.

À Lusa, o artista destacou o "relevo" do concurso, por onde já passaram "muitos bons artistas", e a qualidade do museu sediado em Llandudno, que, em paralelo à exposição Mostyn Open, vai mostrar trabalhos de Carl Andre, Daniel Buren, Sophie Calle, Robert Filliou, Richard Hamilton e Lawrence Weiner.

Criado em 1989, o prémio Mostyn Open, no valor de 10 mil libras (14 mil euros) é aberto a artistas de qualquer país ou idade, mas nesta 19.ª edição alargou a abrangência a mais disciplinas além da pintura, como o design, a moda ou a comunicação gráfica.

O vencedor será anunciado na sexta-feira, na abertura da exposição de todos os trabalhos em competição, mas o favorito do público, que receberá mil libras (1.400 euros), só será conhecido no final da exposição, a 05 de julho.

No grupo de finalistas estão, no total, 37 artistas ou coletivos de países como Alemanha, Suíça, Itália, Estados Unidos, além de Portugal e Reino Unido, escolhidos por um júri, entre mais de 500 candidatos.

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