Wes Anderson parecia uma estrela rock no final da sessão - esgotada - no Cinema Monumental, com tamanha concentração de pessoas com cartazes e postais com a cara do realizador, em busca de um autógrafo. Muitos tiraram uma selfie com o realizador.
No final da sessão, respondendo a perguntas do público, Wes Anderson mostrou a admiração pelo filme de Vittorio de Sica: "Um filme destes está cheio de coisas que eu gostaria de roubar".
Sobre os seus próprios filmes, como ‘The Royal Tenenbaums’, ‘Moonrise kingdom’ e ‘The Grand Budapest Hotel’, Wes Anderson explicou que há sempre alguém na vida real que o inspira para as personagens.
Perfeccionista no detalhe, na fotografia e na interpretação, o realizador admitiu que os seus filmes não têm propriamente uma trama.
"Um amigo meu diz-me que o que eu faço é mais do mesmo. Às vezes sinto que não tenho escolha, sigo os meus instintos", disse.
Se pudesse fazer um remake de algum filme - perguntaram-lhe da audiência -, Wes Anderson respondeu: "Teria de ser uma história de um crime. 'Rififi' ou 'O falcão maltês’”.
Na assistência estiveram o realizador Abel Ferrara, a artista Laurie Anderson e o ator Willem Dafoe, três outros convidados do festival que começou. a sexta-feira e termina no dia 16.