Projeto Green Cork recolheu 234 toneladas de rolhas de cortiça

O projeto Green Cork, da Quercus, já recolheu 234 toneladas de rolhas de cortiça utilizadas, com grande contributo das escolas, material que volta depois a ser usado na construção civil, disse hoje o coordenador da iniciativa.

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Lusa
30/10/2014 15:27 ‧ 30/10/2014 por Lusa

Cultura

Reciclagem

"Neste momento, estamos já com cerca de 234 toneladas de rolhas de cortiça recolhidas", desde o início do projeto, em 2008, o que representa 7% a 8% do total de rolhas consumidas, por ano, em Portugal, explicou à agência Lusa Paulo Magalhães.

O objetivo é recolher as rolhas usadas, encaminhá-las para a reciclagem e financiar a plantação de árvores autóctones, através do projeto Floresta Comum, que já distribuiu 200 mil plantas, como sobreiro, carvalho ou azevinho, a entidades públicas em todo o país.

O técnico da Quercus referiu que "mais de 90% da recolha das rolhas é realizada nas lojas Continente", um dos parceiros do projeto, e "o pico" acontece na época do Natal e final do ano.

Paulo Magalhães destacou o papel das escolas nesta tarefa, consideradas "o grande motor de recolha de rolhas", e salientou que, através do contacto com a rolha, as crianças estudam o montado de sobro e a sua biodiversidade, a história e a cultura, assuntos que estão muito ligados à cortiça.

Este ano, o Green Cork organiza um concurso dirigido às escolas, desafiadas a construir candeeiros com cortiça, e os seus responsáveis esperam melhorar os resultados que têm vindo a ser obtidos, pois atualmente "a reciclagem ainda é um número residual".

As rolhas usadas não são utilizadas para produzir novas rolhas para vinho, ou vedantes para alimentos. São trituradas, tratadas para tirar o cheiro, sem retirar as qualidades da cortiça, e depois servem para fazer materiais para a construção civil.

"O granulado de cortiça pode ter incorporada cortiça reciclada e tem várias utilizações", apontou Paulo Magalhães.

O Green Cork já recebe alguma cortiça utilizada da construção civil para reciclar e, "como há cada vez maior solicitação nesta área", está a ser ponderado o desenvolvimento de uma forma de recolha de cortiça deste setor.

Esta cortiça, depois de tratada, pode dar origem a um novo aglomerado e entra novamente no circuito, garantindo que o dióxido de carbono armazenado naquele material se mantém e não vai para combustão, o que resultaria em mais emissões para a atmosfera, explicou o coordenador do Green Cork.

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