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Morreu o historiador António Borges Coelho, aos 97 anos

O historiador António Borges Coelho, professor, escritor, investigador, combatente antifascista, morreu hoje aos 97 anos, disse à agência Lusa a editorial Caminho.

Morreu o historiador António Borges Coelho, aos 97 anos

© Lusa

Lusa
17/10/2025 19:12 ‧ há 1 dia por Lusa

Cultura

Óbito

De acordo com a mesma fonte, Borges Coelho morreu numa unidade de saúde de apoio, nos arredores de Lisboa, onde estava a ser acompanhado, na sequência de uma infeção respiratória.

 

Natural de Murça, em Trás-os-Montes, onde nasceu em 07 de outubro de 1928, Borges Coelho recebeu o Prémio Universidade de Lisboa em 2018, instituição onde foi aluno e professor.

O júri, ao qual presidiu o então reitor António Cruz Serra, justificou a distinção pelo seu "singular percurso na historiografia portuguesa" e o "trabalho inovador".

Além de destacar a "relevância do seu percurso científico", e o facto de ter sido perseguido "muitas vezes em circunstâncias adversas", durante a ditadura, o júri sublinhou a grande erudição e acessibilidade da obra de Borges Coelho, e "o seu comprometimento com a cultura e a língua".

A editorial Caminho, que lamenta a morte do historiador, recorda em comunicado o percurso do professor catedrático jubilado da Faculdade de Letras de Lisboa, e a sua dedicação à investigação no campo da História desde 1957.

"O seu percurso de vida foi caracterizado por uma intensa atividade política e académica, sendo considerado um dos mais prestigiados historiadores portugueses", recorda a editorial.

Em 1999, Borges Coelho foi agraciado com a Ordem de Sant'Iago da Espada e, em 2018, condecorado com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.

A sua bibliografia inclui poesia, ficção, ensaio e teatro e "uma vasta e riquíssima bibliografia materializada em dezenas de obras", como 'As Raízes da Expansão Portuguesa', 'A Revolução de 1383', 'Portugal na Espanha Árabe', 'A Inquisição de Évora' e sete volumes da História de Portugal.

Este ano publicou na Caminho a coletânea 'Poemas'.

"A História é uma ciência perigosa", disse o historiador em entrevista à agência Lusa, em outubro de 2018.

"Sou professor catedrático, pois sou, mas sou um cidadão normal e gosto de me sentir como um cidadão igual aos outros", declarou, afirmando-se alegre com os tributos que recebeu, quando organizados por "amigos e pessoas sinceras".

"Alegra-me quando as pessoas acham que fiz alguma coisa de útil", afirmou.

[Notícia atualizada às 19h29]

Leia Também: Jovem morre em acidente em estrada espanhola junto à fronteira com Miranda do Douro

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