Além de 'Uma casa é uma montanha é um chapéu', concebido para ser acessível a crianças cegas ou com baixa visão, por Yara Kono, Fátima Alves, Filipa Tomaz e Letícia do Carmo, a Biblioteca Internacional da Juventude, sediada em Munique, escolheu outros dois livros com autores portugueses para figurarem entre os cerca de 200 melhores de todo o mundo.
São eles: 'As pessoas são esquisitas', do autor brasileiro-norte-americano Victor D. O. Santos, com ilustrações da portuguesa Catarina Sobral (edição Orfeu Negro), e "(Toda) a ciência em três grandes perguntas", do britânico Philip Ball, desenhado pelo português Bernardo Carvalho (Planeta Tangerina).
Todos os anos, a Biblioteca Internacional da Juventude elege cerca de 200 livros infantojuvenis, de várias línguas e países, que servem de referencial para leitores, mediadores, bibliotecas, e para divulgação internacional, atribuindo-lhes o selo intitulado 'White Ravens'.
Para a equipa da Biblioteca Internacional da Juventude, "Uma casa é uma montanha é um chapéu" é um "excecional livro ilustrado" pela conjugação do texto, sobre casas e arquitetura, com o trabalho gráfico e de engenharia de papel, destinado tanto a crianças cegas como às que veem bem.
O livro tem ilustrações de Yara Kono, trabalho de acessibilidade e conceção tátil de Fátima Alves, e texto de Filipa Tomaz e Letícia do Carmo, numa edição da Trienal de Arquitetura de Lisboa.
"As pessoas são esquisitas" é, para aquela instituição alemã, um livro cheio de "empatia e compaixão" que explora a diversidade do comportamento humano, como se lê na breve análise divulgada 'online'.
Já '(Toda) a ciência em três grandes perguntas' é elogiado pela qualidade narrativa e pela leveza das ilustrações em abordar termos e conteúdos científicos, demonstrando que "a ciência não é um simples acumular de factos".
A seleção 'White Ravens' deste ano da Biblioteca Internacional da Juventude será apresentada na quarta-feira, na Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha.
[Notícia atualizada às 18h56]
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