O livro, uma edição da 100Folhas, é apresentado como sendo "mais do que um registo visual". "É um retrato íntimo da cumplicidade entre dois criadores que se reconhecem na arte e na vida", lê-se na sinopse.
A primeira vez que Rita Carmo fotografou Sérgio Godinho foi em novembro de 1993, no Teatro São Luiz, em Lisboa, e várias imagens desse concerto estão no livro.
Desde então, recorda a fotógrafa no prefácio, fotografou o músico "praticamente todos os anos, em concertos ou retratos" e "por vezes várias vezes no mesmo ano".
Também no prefácio, Sérgio Godinho refere que Rita Carmo "é, sem dúvida", quem mais o fotografou ao longo dos anos, "tantos anos, tantas diferentes situações", como "retratos, palcos, cenários insólitos e cenas partilhadas com outros músicos".
As imagens mais recentes incluídas no livro foram captadas em junho deste ano, numa sessão em casa de Sérgio Godinho, para a promoção do mais recente livro de contos do artista, 'Como se não houvesse amanhã'.
Sérgio Godinho, que completou 80 anos em agosto, é considerado um dos renovadores da música portuguesa nos últimos 50 anos.
Nascido no Porto, estudou Psicologia em Genebra, durante dois anos, foi ator de teatro e começou a exercitar a escrita de canções nos finais dos anos 1960, sendo de 1971 o seu primeiro álbum, 'Os Sobreviventes', a que se seguiram mais 30 editados até aos dias de hoje.
O mais recente de originais, 'Nação Valente', saiu em 2018.
Apesar de ser conhecido sobretudo pela música, Sérgio Godinho tem canalizado a escrita criativa por outros géneros, como teatro, argumento para cinema, ficção para crianças, poesia e contos, em títulos como 'O Pequeno Livro dos Medos', 'O Sangue por Um Fio' e 'Vida Dupla'.
Em 2016, editou 'Coração mais que perfeito', o primeiro romance, ao qual se seguiram 'Estocolmo', em 2019, e 'Vida e Morte nas Cidades Geminadas', em 2024.
Rita Carmo, que nasceu em Leiria em 1970, licenciou-se em Design de Comunicação pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, e iniciou o seu percurso como fotógrafa, sobretudo na área musical, em 1992, no então semanário Blitz, onde atualmente é fotógrafa residente.
Com fotografias publicadas em vários títulos portugueses e estrangeiros, como Expresso, O Independente, Visão, se7e, Melody Maker e Rockin'on, já fez várias exposições individuais e coletivas.
Rita Carmo tem três livros editados: 'Altas-Luzes' (2003), 'Bandas Sonoras - 100 Retratos na Música Portuguesa' (2013) e 'Jorge Palma por Rita Carmo' (2023).
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