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Tara Perdida celebram 30 anos de carreira com concerto no Porto

Os Tara Perdida vão levar as celebrações dos 30 anos de carreira ao Porto, tendo concerto marcado em dezembro na Casa da Música, foi hoje anunciado.

Tara Perdida celebram 30 anos de carreira com concerto no Porto

© Lusa

Lusa
02/10/2025 13:23 ‧ há 12 horas por Lusa

"Depois de dois concertos inesquecíveis na República da Música, em Lisboa, onde estrearam ao vivo o mais recente single 'Tudo ou Nada' e de um verão com espetáculos de norte a sul do País que culminou no Festival F em Faro, a banda de Alvalade ruma agora à Invicta para uma noite de puro Punk Rock", refere o agenciamento dos Tara Perdida, num comunicado hoje divulgado.

 

O concerto no Porto irá acontecer em 06 de dezembro, na sala 2 da Casa da Música, e os bilhetes para o espetáculo, que custam 25 euros, já estão à venda.

Ao longo de 30 anos foram muitas as vidas dos Tara Perdida e o guitarrista Rui Costa (Ruka), atualmente também vocalista da banda, esteve em todas.

Em 10 de junho de 1995, ele, o vocalista e guitarrista João Ribas, o baixista Vitor Matos (Cró) e o baterista Hélio Moreira (Oregos) juntaram-se para um primeiro ensaio em Alvalade.

Cinco meses depois, em 17 de novembro, davam o primeiro concerto, no Grupo Dramático Ramiro José, na mesma zona de Lisboa, onde naquela época surgiram várias bandas.

O guitarrista Tiago Ganso entrou para os Tara Perdida um pouco depois, em 1999, já a banda tinha editado dois álbuns: "Tara Perdida", em 1996, e "Só não vê quem não quer", em 1998.

O terceiro, "É assim", chegou em 2002, e foi o primeiro que gravaram com um produtor, Cajó, "até ali era 50 cervejas e mete a gravar", recordou Ruka em entrevista à Lusa em junho.

Uma das melhores épocas da banda aconteceu em 2005, "na época do 'Lambe Botas' [álbum editado nesse ano]".

"Nesse ano ainda gravámos um DVD no Incrível Almadense. Esgotou, ficaram mais de mil pessoas cá fora, houve intervenção policial. Lembro-me que passámos bons momentos, até tocar com bandas americanas que nos tinham influenciado, eram ídolos. Era uma altura boa", partilhou Ruka lembrando que essa foi também a altura em que assinaram com uma 'major', a Universal, e gravaram o álbum "Nada a esconder", editado em 2008.

Nesse ano estavam "em alta" e ainda andaram uns anos assim. Faziam uma média de 40 concertos por ano, muitas queimas das fitas e receções ao caloiro, lembrou na mesma entrevista Tiago Ganso.

Em 2014 aconteceu o pior momento da carreira da banda, "e para o resto da vida": a morte de João Ribas.

"É impossível dar a volta por cima de uma coisa dessas, mas acho que conseguimos enfiar a 3.ª e agora estamos em 4.ª um bocado", referiu Ruka.

Tiago Ganso reforçou que a morte do vocalista os afetou "em tudo". "O nosso próprio caráter depois do que aconteceu mudou. Ficámos mais tristes, andámos pelo menos um ano a bater com as cabeças nas paredes. Já havia algumas coisas marcadas, levámos com a pressão do 'fazem ou não fazem?'. Foram tempos difíceis", recordou.

A decisão foi continuarem. "Achámos que não era o momento certo [de desistir]. Até para a nossa sanidade mental. A paixão está igual e quanto mais subimos a palco, mais conseguimos homenagear o Ribas", referiu Ruka.

O músico reconhece que Ribas "era a imagem da banda". "Não é que estivéssemos na sombra, mas era. Hoje em dia somos os Tara Perdida", disse.

Trinta anos depois, os Tara Perdida são uma banda que "não é 'mainstream' nem 'underground''".

"Somos os Tara Perdida. Tocamos onde for. Se estiver o público para nos ver, está bom. As pessoas estão lá para nos ver, nós vamos. É isso que qualquer banda quer, ter o público à frente a cantar. E nós conseguimos ter isso", afirmou.

Em palco, vendem "uma energia".

"Temos boas canções, mas o que passamos é uma energia de verdade. As pessoas sentem que gostamos daquilo e essa é a verdade. E a mensagem é a luz ao fundo do túnel. Pode ser um comboio de carga a vir lá, mas às vezes não é", disse Ruka.

Além de Ruka e Tiago Ganso, integram os Tara Perdida o baterista Pedro Rosário (Kystos), que entrou em 2001 saiu em 2004 e regressou à banda em 2013, e o baixista Filipe Sousa, que se juntou em 2020.

Leia Também: Vale Perdido celebra música "livre de constrangimentos" em Lisboa

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