O júri, que foi constituído pelos escritores, professores e ensaístas José Manuel Cortês, Maria João Reynaud e Paula Morão, considerou que nesta obra "o autor apresenta sínteses de extremo rigor e de exaustiva informação sobre a poesia portuguesa dos últimos cinquenta anos, e desenha uma rede de referências europeias que enriquecem este panorama", complementando-o "com ensaios monográficos sobre alguns dos mais importantes poetas do período considerado".
O júri realça ainda "uma escrita ensaística densa e elegante".
"João Barrento eleva-se no mais alto grau à memória do patrono deste prémio", conclui o júri, segundo nota enviada pela APCL à agência Lusa.
Esta é a segunda vez que João Barrento recebe o Prémio de Ensaio Jacinto do Prado Coelho. A primeira vez foi em 1996, com a obra "A Palavra Transversal. Literatura e Ideias no Século XX".
João Barrento nasceu em Alter do Chão, em 1940, foi professor na Universidade Nova de Lisboa, é ensaísta, crítico, cronista e tradutor. Foi agraciado com a Cruz de Mérito Alemã e a Medalha Goethe, além de variados prémios, designadamente o Prémio Camões em 2023.
No ano passado, o vencedor deste galardão, também por unanimidade, foi Diogo Ramada Curto, com a obra "Um País em Bicos de Pés: Escritores, artistas e movimentos culturais".
A data de entrega do Prémio de Ensaio Jacinto Prado Coelho, com o valor pecuniário de 4.000 euros, "será anunciada em breve" nas instalações da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas/Arquivo Nacional Torre do Tombo, que patrocina o galardão.
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