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Festa do Livro em Belém bate recordes e Marcelo fala em "aposta ganha"

A Festa do Livro no Palácio de Belém bateu recordes na oitava e última edição, com perto de 27 mil visitantes, e o Presidente da República considerou que "foi uma aposta ganha" na promoção da leitura.

Festa do Livro em Belém bate recordes e Marcelo fala em "aposta ganha"

© Rui Ochoa / Presidência da República

Lusa
28/09/2025 23:35 ‧ há 16 horas por Lusa

Cultura

Belém

De acordo com a Presidência da República, no conjunto das oito edições, esta iniciativa teve quase 170 mil visitantes, com o número mais alto registado neste ano, perto de 27 mil.

 

"Apostei na leitura e essa foi uma aposta ganha", declarou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, nos jardins do Palácio de Belém, em Lisboa, no último de quatro dias desta edição da Festa do Livro, que terminou com um concerto dos Xutos & Pontapés.

O chefe de Estado fez um "balanço muito positivo" desta festa, com entrada gratuita, que lançou em 2016, dizendo que "foi sempre a subir" depois de uma "quebra de dois anos", em 2020 e 2021, em que não se realizou devido à pandemia de covid-19.

"Puxei pelo livro e puxei por aquilo que realmente gostava de fazer, que era estar junto dos portugueses e eles junto de mim", acrescentou, salientando também as sessões de encontros entre escritores e alunos de escolas de todo o país que promoveu ao longo dos últimos nove anos e meio.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, o Palácio de Belém irá continuar aberto à população, seja como for, independentemente de quem lhe suceda a partir de 09 de março do próximo ano: "Isso continua, com certeza. Isso aí é uma coisa que já não volta atrás".

"O povo português escolherá o seu sucessor, e o sucessor decidirá se faz assim, se faz outra coisa, se faz mais música, mais artes plásticas, mais teatro, ou mistura com livros", anteviu.

A seguir, prometeu: "Eu, se continuar a haver livros, estou cá para comprar, como já compro muito hoje; se houver outro tipo de atividade cultural, virei cá, como qualquer cidadão, para participar".

Após tirar sucessivas fotografias com os visitantes nos jardins do palácio, sobretudo com crianças, Marcelo Rebelo de Sousa comentou a relação que a população teve com o Presidente da República ao longo dos seus dois mandatos: "Não tenho razão de queixa, nunca tive, mesmo nos períodos mais difíceis".

O chefe de Estado apontou o período de pandemia de covid-19 como "o mais difícil" que enfrentou e os incêndios de 2017 como "o segundo mais difícil".

Na sua opinião, houve momentos, "como as dissoluções ou como certas chamadas de atenção aos governos", em que "as pessoas podiam realmente ter um esfriamento em relação ao Presidente da República", mas isso não aconteceu, embora tenha havido "altos e baixos".

"Eu acho que sempre distinguiram muito bem duas coisas, que foi: concordarem ou discordarem do Presidente, gostarem ou não da pessoa. Quer dizer, mesmo quando discordavam do Presidente, tratavam a pessoa como quem trata alguém de quem se gosta. E isso é o mais importante", defendeu.

Marcelo Rebelo de Sousa enquadrou-se como um continuador dos seus antecessores, Ramalho Eanes, Mário Soares, Jorge Sampaio e Cavaco Silva, na "proximidade entre o Presidente e o povo", sustentando que "todos os presidentes tiveram esse traço" e tiveram boa aceitação popular.

"Isso com os meus antecessores aconteceu. Comigo, eu acho que vai acontecer, -- eu depois também desapareço da política, completamente --, as pessoas vão dizer: concordámos, discordámos, votámos, não votámos, achámos que ele fez este erro e tal, olhe, mas era boa pessoa, realmente, e fez o melhor que podia", disse.

Interrogado se vai mesmo ausentar-se no plano político, o Presidente da República reiterou: "Sim, sim, vou desaparecer. Acho que, para mim, a prática de outros países que é ex-presidentes intervirem muito não é uma boa prática. Acho eu, mas enfim".

Marcelo Rebelo de Sousa lançou a Festa do Livro no seu primeiro ano como chefe de Estado, em colaboração com a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), uma iniciativa que, além de bancas para venda de livros e sessões de autógrafos, incluiu debates, cinema, música e atividades para crianças.

Leia Também: Festa do Livro em Belém de 25 a 28 de setembro com mais um concerto

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