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Teatro do Bairro estreia 'À Espera de Godot' encenado por António Pires

O Teatro do Bairro, em Lisboa, vai estrear no dia 01 de outubro uma nova produção de 'À Espera de Godot', do Nobel da Literatura irlandês Samuel Beckett, com encenação de António Pires.

Teatro do Bairro estreia 'À Espera de Godot' encenado por António Pires

© Shutterstock

Lusa
25/09/2025 11:14 ‧ há 1 semana por Lusa

Cultura

Teatro

Na tradução de José Maria Vieira Mendes, a peça vai ser interpretada por Adriano Luz, Carolina Campanela, Francisco Vistas, João Barbosa e Mário Sousa.

 

"Dois mendigos, Vladimir e Estragon, aguardam junto a uma árvore por alguém chamado Godot. Para passar o tempo, recorrem a diálogos circulares onde refletem sobre a existência, o absurdo e a própria espera. Chegam outras personagens, Pozzo e o seu servo Lucky, que pouco esclarecem. Entre o cómico e o trágico, Beckett constrói uma obra fundamental do teatro do absurdo, explorando o vazio e a condição humana diante da espera e da incerteza", lembra a sinopse da peça.

'À Espera de Godot' fica em cena no Teatro do Bairro até 02 de novembro, com récitas de quarta-feira a domingo.

Os bilhetes custam 15 euros para o público em geral, com descontos para menores de 25, maiores de 65 e profissionais do espetáculo. Às quartas-feiras, o valor desce para 8 euros, preço também aplicável aos detentores do cartão de amigo do teatro.

Publicada em 1952, em francês, e encenada pela primeira vez no ano seguinte, em Paris, a peça tornou-se no primeiro grande sucesso do chamado Teatro do Absurdo e tem vindo a ser produzida pelo mundo fora, várias vezes protagonizada por atores conhecidos do grande público do cinema ou da televisão.

Susan Sontag pô-la em palco em Sarajevo, em 1993, a obra foi encenada na África do Sul do 'apartheid' e o ator norte-americano Wendell Pierce (conhecido de 'The Wire' ou 'Treme') esperou por Godot no cenário de uma Nova Orleães pós-Katrina.

Patrick Stewart e Ian McKellen encarnaram Vladimir e Estragon já este século, personagens interpretadas no ano passado, em Londres, por Ben Whishaw e Lucian Msamat. Em Nova Iorque, neste momento, há uma produção em cena na Broadway com Keanu Reeves e Alex Winter.

"A peça é uma metáfora universal precisamente porque não foi desenhada como metáfora para nada em particular. O verdadeiro tópico de 'À Espera de Godot' é que é sobre dois vagabundos à espera de alguém. Não é o caso de o verdadeiro tópico estar na metáfora. Peças desenhadas para ser uma metáfora de correlativos particulares têm, imagino eu, um tempo de vida muito curto. E, depois, claro, há a escrita e o humor", disse Tom Stoppard sobre a peça, citado pelo britânico The Observer.

O biógrafo de Beckett, James Knowlson, afirmou à BBC, aquando dos 60 anos da estreia do texto, que a fama da peça se deve às suas "ambiguidades": "As pessoas podem ler o que quiserem nela".

Leia Também: Clube de Teatro Ativista estreia-se no Coliseu do Porto com reflexão sobre medo

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