'O Fado' (Florbela Espanca/Lina_), um dos inéditos, dá o título ao álbum, que não pretende ser uma definição do género musical, salientou Lina_ à agência Lusa.
O único fado tradicional escolhido foi o 'Fado da Defesa' (António Calém/José António Sabrosa), do repertório de Maria Teresa de Noronha, em que pela primeira vez é cantada a última sextilha, que "foi cortada originalmente por limites técnicos da época".
O poema original foi facilitado à intérprete pelo guitarrista José Pracana, que morreu em 2016.
Do alinhamento do disco fazem parte 'Algemas' (Álvaro Duarte Simões) e a marcha 'Lisboa dos Manjericos', criações de Amália Rodrigues, 'Alma' (Abel Ferreira da Silva/Suéli Costa), da brasileira Simone, e 'Senhora do Almortão', do cancioneiro popular da Beira Baixa.
Do repertório de María Dolores Pradera, a dupla recupera 'El Rosario de Mi Madre' (Mario Cavagnaro) e, também em espanhol, 'No Volveré' (Manuel Esperón/Ernesto Cortázar), uma criação da mexicana Lola Beltrán.
Para este álbum, Lina_ afirmou que procurou entre os fados que já cantava e os que gostaria de cantar e teve o cuidado que "as composições fossem aliciantes para o Marco Mezquida".
Outro inédito, intitula-se 'Confidencial' (Miguel Torga/Lina_/M. Mezquida). 'Gota d'Água' (Flávio Gil), 'Não é Fácil o Amor' (Luís de Andrade/Janita Salomé), uma criação de Janita, 'Ausência em Valsa' (Vitorino Salomé), de Vitorino, completam o alinhamento.
"Um álbum intimista", definiu Lina_, destacando "o mundo sonoro" que o pianista cria e "que confessou que numa outra vida queria ser fadista".
Lina_ e Marco Mezquida conheciam-se pelas redes sociais até que se encontraram em Lisboa.
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