Tony Allen (1940--2020) reinventou a bateria ao fundir jazz, funk e ritmos iorubás, projetando-se como um dos bateristas mais inovadores e autodidatas de sempre, salientou a organização em comunicado.
Os padrões rítmicos criados pelo músico "transformaram a música e deram forma ao 'afrobeat', um género que mudou para sempre a música popular do século XX", recordou a produtora Omnichord que, com o Museu de Leiria, organiza Capítulo.
O legado de Tony Allen, "que continua a ecoar na música contemporânea", é partilhado com o público no Museu de Leiria até ao final de novembro. Primeiro, a partir de 04 de outubro, com a exposição de uma obra inédita do artista plástico Leonardo Rito, que imaginou como seria uma capa de um disco do nigeriano nos dias de hoje.
Em 19 de outubro, os percussionistas Vasco Silva, dos Whales, e Pedro Marques, dos First Breath After Coma, levam ao museu um concerto inspirado na ideia de como soaria a música de Allen na atualidade.
A intenção é dar a conhecer "a energia pulsante de Tony Allen, um metrónomo com alma, cujo legado continua vivo e a ressoar em palcos de todo o mundo".
Ao longo de 2025, o ciclo Capítulo lembrou já Raymond Scott e Delia Derbyshire.
A britânica, pioneira da música eletrónica, é celebrada no domingo num concerto especial de Surma, que vai também recriar, ao vivo, como seria a música de Derbyshire no tempo presente. O espetáculo tem início às 18:00 e tem entrada livre.
A programação completa-se em dezembro com um momento dedicado ao nipónico Ryuichi Sakamoto, pelo designer gráfico Paulo Fuentez e pelo músico Rui Gaspar, dos First Breath After Coma.
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