"Morreu o pintor Eduardo Batarda, figura incontornável da nossa arte contemporânea, inspiração evidente para tantas gerações de artistas", escreve Margarida Balseiro Lopes, na sua página na rede social, enviando "à filha Beatriz [Batarda] e restante família e amigos", as condolências "em nome do Governo de Portugal".
Eduardo Batarda morreu hoje, em Lisboa, aos 81 anos, anunciaram, num comunicado conjunto, as galerias Pedro Oliveira e Miguel Nabinho.
O galerista Pedro Oliveira definiu à agência Lusa Eduardo Batarda como um artista marcante, não só da sua geração, mas das que se seguiram, em particular devido ao seu trabalho como professor nas Belas Artes do Porto.
Morreu o pintor Eduardo Batarda, figura incontornável da nossa arte contemporânea, inspiração evidente para tantas gerações de artistas. À filha Beatriz e restante família e amigos, envio as minhas condolências em nome do Governo de Portugal.
— Margarida B Lopes (@margaridalopes) September 19, 2025
"Teve muitos alunos que hoje são excelentes artistas, deixou uma pegada muito relevante nas gerações mais novas, teve um trabalho com uma grande importância. Nos últimos anos, trabalhou pouco porque já estava muito doente", afirmou o galerista, que disse que Batarda alcançou o patamar de "mestre", elogiando ainda a sua capacidade intelectual, para lá das artes visuais.
Eduardo Manuel Batarda Fernandes nasceu em Coimbra, em 1943, ingressou no curso de Medicina, em 1960, mas abandonou-o três anos depois, optando pela Pintura, que estudou na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, entre 1963 e 1968, seguindo-se os estudos no Royal College of Art.
Em 1976, começou a lecionar na Escola Superior de Belas-Artes do Porto, combinando o ensino, ao longo das décadas seguintes, com uma prática artística intensa e multifacetada.
As suas primeiras exposições datam de 1966-1968. Entre as mais recentes destaca-se a antológica no Museu de Serralves, no Porto, "Eduardo Batarda: Outra Vez Não", em 2011.
Este ano, Eduardo Batarda foi a "figura central" da Bienal de Arte Contemporânea da Maia.
Prémio Fundação EDP de Artes Plásticas, em 2007, Grande Prémio Amadeo de Souza-Cardoso, em 2019, Eduardo Batarda foi distinguido em 2020 com a Medalha de Mérito Cultural do Ministério da Cultura.
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