"Concebido como espaço de reflexão sobre a herança indígena da nação mexicana", o Museu Nacional de Antropologia do México (MNA) "é considerado um dos museus mais importantes da América Latina e uma referência global no estudo da Humanidade, devido ao seu compromisso com a divulgação, a investigação e a preservação do património cultural", lê-se num comunicado da Fundação Princesa das Astúrias.
O MNA está, por outro lado, instalado num edifício construído nos anos de 1960, na floresta de Chapultepec, que "chamou a atenção internacional como símbolo de desenvolvimento, modernidade e vanguarda", destacou a Fundação, na mesma nota.
O museu tem 30 mil metros quadrados de exposição, é o maior do México e recebeu mais de três milhões de visitantes em 2024.
As coleções do MNA alcançam 250 mil peças de todo o México, das quais, cerca de oito mil estão expostas.
Em 2017, o museu recebeu, para proteção e conservação, o esqueleto pré-histórico feminino "geneticamente intacto" conhecido como "Naia", que é o esqueleto "datado diretamente mais antigo" da América. O esqueleto foi descoberto em 2007 e os cientistas estimam que tenha 13 mil anos.
O Museu Nacional de Antropologia do México sucede à agência internacional de fotografia Magnum Photos, que recebeu o Prémio Princesa das Astúrias da Concórdia em 2024 "pelo icónico e exigente trabalho de fotojornalismo ao longo de quase oito décadas".
Os Prémios Princesa das Astúrias distinguem o "trabalho científico, técnico, cultural, social e humanitário" realizado por pessoas ou instituições a nível internacional.
São atribuídos oito galardões todos os anos, em diversas áreas, e cada prémio consiste numa escultura do pintor e escultor espanhol Joan Miró, 50.000 euros, um diploma e uma insígnia, entregues numa cerimónia solene com a Família Real espanhola, em Oviedo, no norte de Espanha, em outubro.
Este foi o sexto prémio deste ano, naquela que é a 45.ª edição destes galardões.
Nas últimas semanas, a Fundação Princesa das Astúrias anunciou a atribuição do Prémio Princesa das Astúrias do Desporto à tenista norte-americana Serena Williams, do de Comunicação e Humanidades ao filósofo e ensaísta alemão de origem sul-coreana Byung-Chul Han, do das Letras ao escritor espanhol Eduardo Mendoza, do das Ciências Sociais ao sociólogo e demógrafo norte-americano Douglas Massey, e do das Artes à fotógrafa mexicana Graciela Iturbide.
Nas próximas semanas serão anunciados os prémios nas áreas da Cooperação Internacional e da Investigação Científica e Técnica.
Leia Também: Museu em Amesterdão expõe preservativo raro com 200 anos