Exposição dedicada à cineasta Chantal Akerman a partir de hoje no MAC/CCB

A exposição 'Travelling' dedicada à realizadora e artista belga Chantal Akerman, que vai dos primeiros filmes às derradeiras instalações artísticas da cineasta, abre hoje ao público no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.

Chantal Akerman dies aged 65

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Lusa
17/04/2025 06:43 ‧ 17/04/2025 por Lusa

Cultura

Mostra

'Chantal Akerman: Travelling', que será acompanhada de um pequeno ciclo na Cinemateca Portuguesa, "percorre as várias etapas da carreira e revisita os anos e lugares que [a cineasta] atravessou e filmou, abordando meios tão variados como o cinema, a televisão, a escrita e a instalação", refere o CCB na apresentação da mostra.

 

Esta primeira grande retrospetiva dedicada a Chantal Akerman chega a Lisboa depois de já ter sido mostrada em Bruxelas e em Paris, numa altura em que se cumprem dez anos da morte da cineasta, ocorrida em 2015, aos 65 anos, e 50 sobre a sobre a estreia do seu filme 'Jeanne Dielman, 23, quai du Commerce, 1080 Bruxelles', no Festival de Cannes, nomeado melhor filme de todos os tempos pela revista britânica Sight&Sound, em 2022.

A exposição traça um mapa artístico e biográfico da multifacetada artista belga, "apresentando imagens das suas produções e documentos arquivísticos inéditos", reunidos pela Fundação Chantal Akerman.

A exposição ficará patente no MAC/CCB - Museu de Arte Contemporânea até 07 de setembro, sendo acompanhada de uma série de iniciativas, como uma visita orientada pela realizadora Marta Mateus e uma leitura do texto 'Uma família em Bruxelas', de Chantal Akerman, pela atriz Beatriz Batarda, no dia 17 de maio, coincidindo com o Dia Internacional dos Museus.

A Cinemateca Portuguesa, que em 2012 dedicou uma retrospetiva à cineasta, associa-se à exposição com um curto ciclo de filmes, entre os dias 24 e 30 de maio, com a presença da diretora de Fotografia Sabine Lancelin.

'News from home' (1976), com leitura de correspondência entre Chantal e a mãe, durante uma estadia da realizadora nos Estados Unidos, e 'Jeanne Dielman' (1975), com Delphine Seyrig, considerado a obra maior de Chantal Akerman e exemplo do cinema feminista, são dois dos filmes a exibir na Cinemateca.

Chantal Akerman morreu em Paris, em outubro de 2015, deixando uma obra "incandescente, pioneira e nómada", como escreveu na altura o jornal francês Le Monde.

Em 2012, quando lhe dedicou uma retrospetiva em colaboração com o festival DocLisboa, a Cinemateca escrevia que Chantal Akerman partilhava "o espírito de uma geração pós-Nouvelle Vague" e que as suas obras revelam "uma experimentação narrativa, uma inventividade formal e um rigor na observação documental da realidade, que fazem delas objetos únicos, que se distinguem pela relação complexa que mantêm com tudo o que filmam".

Dois anos depois da morte de Chantal Akerman, foi criada uma fundação para preservar os arquivos e cuidar dos direitos da obra, com restauro dos filmes, realização de retrospetivas, publicação de obras e exposições.

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