Exposição apresenta novas perspetivas do comércio de pessoas escravizadas
O projeto educacional e artístico "Manifest: Novas perspetivas artísticas das memórias do comércio transatlântico de pessoas escravizadas" culmina com a inauguração de uma exposição, na quinta-feira, em França, com obras de 13 projetos artísticos, que contam com artistas portugueses.
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Cultura Escravatura
A exposição, que estará patente no espaço L'Atelier, em Nantes, apresenta "uma perspetiva atual e inovadora sobre a história e os legados do comércio transatlântico de pessoas escravizadas, colocando a arte no centro da evocação destas memórias e legados", refere a plataforma Gerador, que faz parte do consórcio de entidades organizadoras deste projeto, num comunicado enviado à agência Lusa.
Através das obras apresentadas, os artistas e coletivos "aspiram a reconciliar memórias individuais e coletivas, preservando-as do esquecimento".
Entre os 22 artistas da exposição estão a portuguesa Inês Costa, que se apresenta em dupla com o brasileiro Thiago Liberdade, atualmente a viver no Porto, e Laís Andrade, que nasceu no Brasil mas vive em Portugal desde os quatro anos.
Jakrlova' Riva, David Gumbs, Gombo, Sylvaine Dampierre, Magalie Mobetie, Alecia McKenzie, Luanda Carneiro Jacoel & Bianca Turner e os coletivos Collectif On A Slamé Sur La Lune, The Acoustic Heritage, Stichting SKLNE e Unity são os responsáveis pelos restantes projetos.
Os artistas participaram em três residências artísticas, que se realizaram em Budapeste, Lisboa e Copenhaga e envolveram as cinco entidades parceiras do projeto: Gerador, que "apoiou o desenvolvimento de sete dos 13 projetos artísticos", Khora, da Dinamarca, Cumadiae, da Bélgica, Les Anneaux de la Mémoire, de França, e Pro Progressione, da Hungria.
Na mostra, os artistas "recorrem a novas tecnologias, como como realidade aumentada e realidade virtual, e recursos audiovisuais como podcasts, vídeos, websites, som e imagem, para oferecer aos visitantes uma experiência abrangente e imersiva", lê-se no site oficial do projeto Manifest.
O programa da exposição, que tem entrada livre e estará patente até 06 de outubro, inclui várias atividades, como 'workshops', visitas guiadas, performances, mesas redondas e conferências.
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