A exposição procura evidenciar "a riqueza destas duas coleções [que se interligam], referentes a diferentes tópicos de interesse". Nos dias 18 de agosto, 01 e 15 de setembro, sempre às 15:00, Pedro Pinto orienta uma visita guiada.
"Ao longo de décadas, o conservador da BNP Francisco Joaquim Pereira e Sousa reuniu uma impressionante coleção de manuscritos, entre originais e cópias, da sua lavra e de outras proveniências, a que foi juntando impressos de natureza vária, que organizou cronologicamente", que agora se expõe, explica a instituição.
À data da sua morte, em 1851, esta coleção contava 175 volumes, que se encontravam arrumados em vários quartos do Convento de São Francisco, onde na época estava instalada a Biblioteca Nacional, e onde também vivia o conservador. Esta coleção foi dispersa, tendo metade dela sido adquirida pelo numismata Teixeira de Aragão que a vendeu, posteriormente, à BNP.
"A outra metade ficou na posse do multifacetado político algarvio João José de Mendonça Cortês (1836-1912), que, entre outros ofícios, foi romancista, inventor e fotógrafo, sendo também colecionador. Mendonça Cortês continuou a adquirir manuscritos e a complementar a coleção de Pereira e Sousa até à sua morte, em Paris, e, mais tarde, os seus herdeiros venderam a coleção à biblioteca da então recém-fundada Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa".
Uma outra parte da coleção, a que foi adquirida pela BNP, "expurgada dos documentos sobre moeda, encontra-se hoje no Museu Nacional de Arqueologia".
sa