Maria da Graça Carmona e Costa "destacou-se pelo papel determinante que desempenhou como galerista e colecionadora, promovendo uma contínua atividade filantrópica", escreveu Pedro Adão e Silva, numa mensagem publicada na página oficial do Ministério da Cultura, na rede social X.
O ministro da Cultura recorda o "estímulo inestimável ao trabalho de sucessivas gerações de artistas", dado pela mecenas, "através de bolsas de formação, exposições e prémios", sublinhando a criação da Fundação Carmona e Costa, em 1997, que hoje reúne um dos maiores acervos de arte contemporânea portuguesa.
"A grande exposição que está neste momento patente no MAAT [Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia] e na Fundação Carmona e Costa revela bem a sua paixão pela criação artística, a sua curiosidade permanente e o seu autêntico talento de colecionadora", conclui Adão e Silva.
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— Cultura PT (@cultura_pt) January 22, 2024
A colecionadora de arte Maria da Graça Carmona e Costa, uma das maiores mecenas privadas do país, morreu hoje, em Lisboa, cidade onde nasceu há 90 anos.
Em 2018, o Ministério da Cultura atribuiu-lhe a Medalha de Mérito Cultural, reconhecendo o "inestimável trabalho de uma vida dedicada ao fomento das artes visuais, da promoção e divulgação contínua dos artistas contemporâneos", ao longo de décadas.
Apaixonada pelas artes plásticas, Maria da Graça Carmona e Costa contactou, nos anos 1970, com destacadas personalidades da arte portuguesa como Almada Negreiros, José Augusto-França e o crítico Rui Mário Gonçalves, iniciando a sua atividade na Galeria Quadrum, em Lisboa, um dos espaços mais importantes das artes visuais desse período.
No final dos anos 1980, fundou o gabinete Giefarte, a que se sucedeu, em 1997, a Fundação Carmona e Costa, com a finalidade de dinamizar iniciativas de arte contemporânea portuguesa, como exposições, conferências, edição de livros e catálogos.
Em 2000, a fundação iniciou um programa de apoio à arte contemporânea em Portugal, promovendo a Bolsa Fulbright/Fundação Carmona e Costa e a Bolsa de Estudos destinada a alunos do Ar.Co -- Centro de Arte e Comunicação Visual de Lisboa.
Em outubro de 2023, o MAAT inaugurou a exposição "Álbum de Família -- Obras da Coleção Fundação Carmona e Costa", que pela primeira vez é apresentada ao público "de modo sistemático", com curadoria de João Pinharanda.
Organizada em três momentos, a primeira parte da mostra fica patente até 01 de abril, no MAAT. Na Fundação Carmona e Costa são apresentadas duas exposições sucessivas: a segunda, inaugurada em outubro de 2023, fica patente até ao final deste mês, e a terceira, de janeiro a março deste ano.
A coleção, indica a página 'online' do MAAT, "dá conta não apenas do gosto pessoal mas também de parte significativa da própria história da arte portuguesa nas últimas décadas."
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