Filandorra aproveita 10 de Junho para alertar para dificuldades do teatro
A Filandorra vai aproveitar a comemoração do Dia de Portugal no sábado, na Régua, para alertar para as dificuldades financeiras da companhia de teatro, excluída do apoio da DGArtes, e apelar à intervenção do Presidente da República.

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Cultura Teatro
"O ministério da Cultura abandonou as estruturas", afirmou hoje à agência Lusa David Carvalho, diretor da companhia sediada em Vila Real.
Já em janeiro e, depois, no Dia Mundial do Teatro (27 de março), a companhia protestou por não ter o apoio financeiro da Direção-Geral das Artes (DGArtes), apesar de ter tido uma classificação de 74,02%.
Uma situação que, segundo David Carvalho, ainda foi, recentemente, "agravada" pelo "atraso" na divulgação dos resultados dos concursos a apoio a projetos e apoio em parceria, entretanto abertos.
E é para chamar a atenção para as dificuldades que atravessa que a Filandorra quer "fazer chegar", no sábado, ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, uma "missiva de descontentamento/desagrado".
"E apelar à sua intervenção (do Presidente) para a correção deste 'crime cultural' que levará inevitavelmente ao maior número de despedimentos na região na área cultural, o que poderá acontecer já em julho", apontou o responsável, que explicou que a companhia está a preparar uma 'performance' para o dia 10 de Junho.
Esta ação, acrescentou, enquadra-se no movimento "Outra Política Para a Cultura", apresentado hoje, em Lisboa, e serve de base de entendimento entre várias estruturas representativas do setor na luta por um serviço público de Cultura.
Entre elenco, técnicos, produção e direção artística, a Filandorra tem 15 elementos, 11 dos quais efetivos e quatro prestadores de serviços.
Tem 37 anos de atividade, 82 produções e conta com a parceria de 30 câmaras da região Norte, que garantem 50% do seu orçamento anual.
David Carvalho referiu que a Filandorra "resiste ainda" a partir a "partir de contratos-programa e venda de espetáculos com os municípios".
A companhia centra as suas críticas no ministro da Cultura, considerando que Pedro Adão e Silva continua "a denegar a coesão nacional e se mantém adepto das famosas linhas de corte que estão a levar à morte de estruturas culturais por todo o país, de Trás-os-Montes ao Algarve".
A cidade do Peso da Régua acolhe no sábado a cerimónia oficial das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesa.
A Presidência da República justificou a escolha referindo que o Douro é a Capital Europeia do Vinho em 2023.
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