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Batalha quer ser "espaço agregador" de Encontros do Cinema Português

O Cinema Batalha, no Porto, vai receber em 2023 os Novos Encontros do Cinema Português, que visam contribuir para o debate em torno do cinema nacional, com o Batalha a assumir-se como "espaço agregador", disse o diretor.

Batalha quer ser "espaço agregador" de Encontros do Cinema Português
Notícias ao Minuto

19:15 - 08/12/22 por Lusa

Cultura Cinema Batalha

O diretor do agora denominado Batalha Centro de Cinema, Guilherme Blanc, que falava à Lusa a propósito da reabertura, na sexta-feira, daquele equipamento cultural no Porto, adiantou que os Novos Encontros do Cinema Português, previstos para junho do próximo ano, pretendem fazer uma "revisitação histórica" à Semana de Estudos sobre o Novo Cinema Português, que ocorreu em 1968, mas abordando as atuais preocupações e desafios do setor cinematográfico.

"Em 1968, aconteceu no Batalha um grande encontro do cinema que convocou grande parte do setor para pensar modelos de produção de cinema e foi um momento muito importante porque contribuiu para o crescimento e tendência do cinema", afirmou.

No encontro, onde, à semelhança de em 1968, foram convidados a marcar presença o Cineclube do Porto, a Câmara do Porto e a Gulbenkian, vão ser discutidas as "grandes preocupações", nomeadamente, a prática de cinema e as "grandes oportunidades" que o setor enfrenta.

Segundo Guilherme Blanc, antes do encontro está previsto "um processo de investigação e pensamento", no qual serão privilegiadas quatro áreas: "educação, distribuição, exibição e produção".

"Convidámos quatro pessoas para coordenar as investigações, vai ser feito um questionário aberto ao setor e depois estas pessoas vão investigar setorialmente", acrescentou o diretor do equipamento cultural, dizendo que o 'feedback' das instituições convidadas a integrar no projeto realçou a "falta de um espaço agregador".

"O Batalha quer ser esse espaço agregador, também no Porto, com os festivais, agentes e indústria. Vamos tentar ser uma instituição agregadora", assegurou Guilherme Blanc.

O Cinema Batalha reabre portas na sexta-feira com um ciclo temático dedicado à ficção científica, depois de mais de três anos de obras de reabilitação, que ascenderam aos 5,7 milhões de euros.

Para além das duas salas de projeção -- a Sala 1 com 299 lugares e a Sala 2 com 126 lugares -- o Batalha conta com um espaço de galeria dedicado às artes visuais, uma biblioteca especializada em cinema e uma mediateca dedicada ao património fílmico do Porto.

O projeto de reabilitação, a cargo do arquiteto Alexandre Alves Costa e do Atelier 15 Arquitetura, contempla ainda um bar, resultante da recuperação do antigo salão de chá e café, que está equipado para exibições e performance.

Os frescos de Júlio Pomar, gravados em 1940, escondidos pela polícia política do Estado Novo e, entretanto, recuperados na empreitada de reabilitação enriquecem aquele espaço cultural da cidade.

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