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Filme 'Mato seco em chamas' vence Grande Prémio em festival de cinema

O filme 'Mato seco em chamas', de Joana Pimenta e Adirley Queirós, venceu o Grande Prémio da 28.ª edição do Festival Caminhos do Cinema Português, que termina hoje, em Coimbra.

Filme 'Mato seco em chamas' vence Grande Prémio em festival de cinema
Notícias ao Minuto

23:42 - 19/11/22 por Lusa

Cultura Cinema

Sobre este trabalho recentemente premiado no Festival de Cinema do Rio de Janeiro, o júri considerou tratar-se de "um filme que se adentra no seio de uma comunidade forte", no qual "a sensualidade, a resistência e a chama da revolução ardem entre petróleo, música e corpos que próximos sugerem outros futuros".

Para o júri, 'Mato seco em chamas' é "um jogo híbrido que dissipa fronteiras e convoca uma estética distópica, a partir da qual se antecipa o utópico".

O prémio de Melhor Ficção foi para 'Fogo fátuo' de João Pedro Rodrigues - que também foi premiado há pouco tempo no Festival de tendo o júri considerado que ,"depois do isolamento pandémico", é um trabalho que "com inteligência" "reclama a sala de cinema como experiência coletiva onde os risos se contagiam, as cores e os espaços deliciam".

Quanto ao prémio de Melhor Curta-Metragem, o júri atribuiu-o a '2.ª pessoa', de Rita Barbosa, considerando-o um "filme desassombrado que oferece o seu tempo a uma voz testemunhal para o resgate de histórias por contar".

"Através de uma câmara planante sobre as superfícies verticais da cidade somos conduzidos ao segredo", sustentou o júri.

'Atrás dessas paredes', de Manuel Mozos, foi a escolha do júri para prémio Melhor Documentário, considerando tratar-se de um trabalho no qual "imagens de outros tempos, como fantasmas, trazem de volta um passado que, não esquecido, adensa o hoje se não nos demitirmos de refletir sobre lugar público e privado".

'Ice Merchants', de João Gonzalez, venceu o prémio Melhor Animação, considerando o júri tratar-se de "um filme sensorial e vertiginoso na escolha da perspetiva, com um uso brilhante da cor como símbolo e ausência, do som como extensão dos movimentos e adensamento da ação".

O prémio Revelação foi para a jovem atriz Lua Michel que, "na qualidade inocente com que se entrega a cada relação" no filme 'Alma Viva' encontra "em cada uma delas um estar denso, construindo uma ideia interior da relação entre o real e o transcendente".

'Alma viva', realizado pela luso-francesa Cristèle Alves Meira, é o filme que vai representar Portugal nos Óscares.

O prémio de Melhor Interpretação Principal foi atribuído a Pedro Fasanaro, em 'Deserto Particular', pela sua "interpretação inteira na construção das duas personagens, Sara e Robson", enquanto o galardão de Melhor Interpretação Secundária foi para Ana Padrão, em 'Alma viva' que com "uma interpretação despojada numa travessia corajosa" vai "alicerçando a fronteira entre os géneros de ficção e documentário".

Quanto aos restantes premiados na 28ª edição do Festival Caminhos do Cinema Português, o Melhor Filme da Seleção Outros Olhares foi para 'Objetos de luz', de Acácio de Almeida e Maria Carré, tendo sido ainda atribuída uma Menção Honrosa a "Luana", de Maria Simões e Tiago Melo Bento.

Na Seleção Ensaios, o júri atribuiu o prémio de Melhor Ensaio Internacional a 'Ventanas', de Jhon Ciavaldini, e uma Menção Honrosa para Ensaio Internacional a 'The Midwife', de Anne-Sophie Bailly.

A Menção Honrosa Ensaio Nacional de Animação foi para 'Rua do Caneiro', de Leonor Faria Henriques, o Melhor Ensaio Nacional de Animação para 'A maior gaiola do mundo', de Marta Ribeiro e Catarina Colaço, o Prémio de Melhor Ensaio Nacional para 'Mistida', de Falcão Nhaga e a Menção Honrosa Ensaio Nacional para 'No Fim do Mundo', de Abraham Escobedo-Salas.

'Viagem ao Sol', de Ansgar Schaffer e Susana de Sousa Dias, arrecadou o Prémio de Imprensa, e 'Às vezes os dias, às vezes a vida', de Janine Gonçalves, a Menção Honrosa.

No que respeita à Federação Internacional de Cineclubes, o Prémio D. Quijote foi para 'Alma viva', de Cristèle Alves Meira, e a Menção Honrosa para 'Garrano', de David Doutel & Vasco Sá.

Na categoria Seleção Caminhos, o prémio de Melhor Som foi atribuído a Ed Trousseau ('Ice Merchants'), o de Melhor Realização a Cristèle Alves Meira ('Alma viva'), e o de Melhor Montagem a Miguel da Santa ('Aos dezasseis').

O prémio de Melhor Guarda-Roupa foi para Patrícia Dória ('Fogo fátuo'), o de Melhor Fotografia para Joana Pimenta ('Mato seco em chamas'), o de Melhor Direção Artística para João Rui Guerra da Mata ('Fogo fátuo'), o de Melhor Cartaz para Tiago Carvalho ('Aos dezasseis') e o de Melhor Caracterização para Sofia Frazão ('A rapariga imaterial').

Carlos Guerreiro e Manuel Riveiro ('Os demónios do meu avô') venceram o prémio de Melhor Banda Sonora Original, Cristéle Alves Meira e Laurent Lunetta ('Alma viva') o de Melhor Argumento Original, Ana Padrão ('Alma viva') o de Melhor Interpretação Secundária e Pedro Fasanaro ('Deserto particular') o de Melhor Interpretação Principal.

Lua Michel ('Alma viva') venceu o Prémio FSS Revelação, '2.ª pessoa' (Rita Barbosa) o Prémio União de Freguesias de Coimbra Melhor Curta-Metragem e 'Ice Merchants' (João González) o Prémio Turismo do Centro Melhor Animação.

O Prémio Universidade de Coimbra Melhor Documentário foi para 'Atrás dessas paredes', de Manuel Mozos, o Prémio Cidade de Coimbra Melhor Ficção para 'Fogo fátuo' (João Pedro Rodrigues), o Grande Prémio Cidade de Coimbra para 'Mato seco em chamas' (Joana Pimenta e Adirley Barbosa e o Prémio do Público Crisótubos para 'Alma Viva' (Seleção Caminhos), 'Cesária Évora' (Outros Olhares) e 'Midnight glow' (Ensaios).

A 28ª edição do Festival Caminhos do Cinema Português começou no dia 5 e durante o certame foram exibidos 162 filmes no Teatro Académico de Gil Vicente, na Casa do Cinema de Coimbra, no Auditório Salgado Zenha e no Convento de São Francisco.

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