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Feira Womex em Lisboa abre a 19 de outubro com espetáculo no Capitólio

Os artistas Júlio Resende, Beatriz Felício, Club Makumba e Expresso Transatlântico vão abrir, a 19 de outubro em Lisboa, a Womex, um dos maiores eventos internacionais de divulgação de músicas do mundo, foi hoje anunciado.

Feira Womex em Lisboa abre a 19 de outubro com espetáculo no Capitólio
Notícias ao Minuto

13:24 - 08/07/22 por Lusa

Cultura Espetáculo

Depois de uma edição da Womex em 2021 no Porto, a feira e festival de promoção musical acontecerá em outubro em Lisboa.

O programa de concertos hoje anunciado inclui um espetáculo de abertura, a 19 de outubro, no Teatro Tivoli e Capitólio, com a fadista Beatriz Felício, o grupo Club Makumba, de Tó Trips e João Doce, o pianista Júlio Resende e o recente projeto Expresso Transatlântico.

Em Lisboa são esperados mais de 2.500 profissionais da indústria musical, entre programadores, promotores, agentes, à procura de artistas para programar salas de espetáculos para os próximos anos.

Estão previstos 60 espetáculos, envolvendo 300 músicos de todo o mundo e cerca de 520 editoras e distribuidoras.

De 19 a 23 de outubro, a vertente de negócio e de encontros profissionais, com mais de 200 'stands' de divulgação, decorrerá na Altice Arena e os espetáculos estarão repartidos por várias salas: O Coliseu dos Recreios, o Cinema São Jorge, o Teatro Tivoli, o Capitólio, o Teatro Municipal São Luiz, o LAV - Lisboa ao Vivo e uma tenda no Parque Mayer, aos quais se junta a Cinemateca Portuguesa, para exibição de documentários.

Da programação anunciada, a par do espetáculo de abertura, destaca-se o palco Lusofónica, com artistas do espaço comum da lusofonia: Ana Lua Caiano, Bia Ferreira, Duarte, Karyna Gomes, Kastrup, Pedro Jóia, Prétu/Xullaji, Sheila Patricia e Tito Paris.

Aos artistas que tinham já sido anunciados em junho, a Womex juntou hoje mais atuações, entre as quais da cantora moçambicana Selma Uamusse, de Afrotronix (Canadá), Fra! (Gana), La Mambanegra (Colômbia), Groove& (Coreia do Sul), Ngulmiya (Austrália), Auntie Rayzor (Nigéria) e DJ Diaki (Mali).

Na apresentação pública da Womex 2022, hoje em Lisboa, o diretor-geral da edição portuguesa, António Miguel Guimarães, afirmou que se está a viver uma reestruturação a nível global no mercado da música, depois de dois anos de pandemia, contando ainda com os efeitos da guerra na Ucrânia e da subida da inflação.

"Tudo se está a reconstruir", disse.

À agência Lusa, o programador sublinhou que "os tempos atuais são fundamentais para programar para os próximos anos, para 2023, 2024", e que, por isso, é importante ter a Womex duas edições seguidas em Portugal.

Presente hoje na apresentação em Lisboa, o diretor da Womex, Alexander Walter, afirmou à Lusa que a capital "é muito multicultural e isso irá refletir-se este ano nos palcos", e que a edição terá mais delegados do que em 2021.

"Temos delegados a perguntar há muitos anos quando é que estaríamos em Lisboa", disse.

Sobre o atual panorama da indústria musical, Alexander Walter considerou que "toda a gente ainda está a ter dificuldades".

"Estamos a ter um bom verão, há muitos festivais a acontecer, mas os preços subiram, é difícil viajar por avião. Ainda não estamos no topo da montanha, mas há otimismo no setor. É difícil sobreviver, mas finalmente estamos a andar para a frente. Esperamos que o próximo inverno seja mais tranquilo do que os dois últimos", afirmou.

Sobre a possibilidade de Portugal voltar a acolher a Womex em anos futuros - porque a escolha da cidade anfitriã resulta de um concurso internacional -, António Miguel Guimarães acredita que poderá acontecer num futuro a médio prazo, porque "há imensas cidades importantes e de médio porte" que ainda não organizaram este evento.

Cada uma das edições portuguesas teve um orçamento de 1,7 milhões de euros, "sem contar com investimentos internacionais lá fora".

"É o dinheiro que se gasta com as empresas portuguesas, com as salas, com os produtores, com os restaurantes, com comunicação, é a pegada económica que se deixa diretamente, sem contar com muitos milhões de euros que ficam cá, são dezenas de milhares de dormidas, centenas de milhares de refeições. É um impacto económico brutal dentro da cidade", disse o programador português.

Alexander Walter disse que a próxima cidade está escolhida e será anunciada em breve.

[Notícia atualizada às 14h52]

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