Museu do Tesouro Real vai ser inaugurado a 1 de junho

O Museu do Tesouro Real vai ser inaugurado no próximo dia 1 de junho, no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, marcando a conclusão de uma obra com 226 anos, que irá receber mil joias da coroa portuguesa.

Nova ala do Palácio da Ajuda acolhe Museu do Tesouro que abre ao público em novembro

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Lusa
25/05/2022 13:01 ‧ 25/05/2022 por Lusa

Cultura

Palácio Nacional da Ajuda

A informação foi divulgada hoje pelos promotores do projeto, que envolve a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), a Associação de Turismo de Lisboa (ATL) e o município.

Segundo a apresentação do projeto feita em junho do ano passado, o novo museu nacional funcionará dentro de uma caixa-forte com alta segurança, dentro do edifício então acabado, mas totalmente separado das duas torres laterais, criadas para aumentar as acessibilidades do Palácio da Ajuda.

O Museu do Tesouro Real, por várias vezes adiado, tinha abertura prevista para novembro de 2021, na nova ala do Palácio Nacional da Ajuda, mas foi adiada para este ano "após o termo do período eleitoral".

A partir do próximo mês, passará, então, a ser possível visitar os 11 núcleos da exposição, que integra peças como ouro e diamantes do Brasil, moedas e medalhas reais, joias de antigas coleções da família real, objetos de prata lavrada, que inclui salvas e pratas quinhentistas, antigas coleções particulares do rei Fernando II, ou alfaias litúrgicas e paramentos usados nos cerimoniais religiosos.

"Após mais de dois séculos do lançamento da primeira pedra, em novembro de 1795, pelo príncipe regente, D. João, e depois de várias vicissitudes na história trágica da construção do palácio, finalmente deu-se a coincidência de um grupo de personalidades ter tido a coragem de acabar com a maldição que sobre ele se abatia", comentou, na altura da inauguração da nova ala, o arquiteto João Carlos Santos, responsável pelo projeto e atual diretor-geral do Património Cultural.

A morte do monarca, as invasões francesas, incêndios, derrocadas e, por último, em décadas recentes, a falta de consenso em relação ao desenho do projeto, viriam a adiar sucessivamente esta empreitada que possui uma área bruta de 12 mil metros quadrados e usou 200 toneladas de pedra de lioz em reconstrução de fachadas.

O novo edifício, na ala poente do palácio, possui uma estrutura em vidro com lâminas verticais, que deixa entrar a luz no interior, e acolhe, no terceiro e no quarto pisos, uma caixa-forte com 40 metros de cumprimento, dez de largura e dez de altura que irá receber, em 72 vitrinas repartidas por 11 núcleos, o acervo do museu, "uma coleção de valor incalculável, considerada uma das mais valiosas do mundo, e que nunca foi exposta na totalidade", disse João Carlos Santos.

Em 2016, na sequência da criação de uma parceria entre o Ministério da Cultura, através da DGPC, a Câmara Municipal de Lisboa, e a ATL, o projeto foi relançado, alocando parte das verbas do fundo de desenvolvimento turístico da capital, para avançar com o projeto, que veio a custar cerca de 31 milhões de euros.

O primeiro-ministro, António Costa, referiu, na altura, que o "grosso do investimento" tinha vindo das "taxas e taxinhas" do turismo em Lisboa.

[Notícia atualizada às 13h45]

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