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Centenário da morte de Aurélia de Souza junta sete entidades

O Museu Nacional Soares dos Reis, as Câmaras do Porto e de Matosinhos, e as Universidades do Porto, Nova de Lisboa e Católica Portuguesa juntam-se para evocar o centenário da morte da artista Aurélia de Souza, até 2023.

Centenário da morte de Aurélia de Souza junta sete entidades
Notícias ao Minuto

13:41 - 01/04/22 por Lusa

Cultura Aurélia de Souza

São várias as atividades que acontecem a partir de 09 de abril e terminam em junho de 2023, explicou hoje o diretor do Museu Nacional Soares dos Reis (MNSR), António Ponte, com destaque para o lançamento do "Catálogo Raisonné Aurélia de Souza", em março do próximo ano, e para o Congresso Internacional Mulheres Artistas em 1900.

A iniciativa foi hoje apresentada no MNSR, no Porto, e contou com a presença dos presidentes dos dois municípios, do diretor do museu, da subdiretora-geral da Direção Geral do Património e da Cultura (DGPC), a presidente do Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa (UCP) e o reitor da Universidade do Porto (UP).

António Ponte, diretor do museu que acolhe no seu acervo várias obras da artista, destacou o "esforço conjunto que se materializa através de uma imagem que une as iniciativas" que passam por "conversas, ciclos, exposições, congressos internacionais e o lançamento do Catálogo Raisonné".

Também a subdiretora da DGPC Rita Jerónimo da Silva destacou o "importante acervo" da pintora representado no museu e frisou o "objetivo estratégico de reforçar a visibilidade do património" e de "incrementar a participação e chegar a novos públicos" com esta evocação do centenário da morte de Aurélia de Souza.

Exemplo disso são as várias atividades educativas e conversas promovidas no âmbito desta iniciativa.

A exposição "Metamorfoses: Iminência Vegetal, Mineral e Animal no Espaço Doméstico Romântico", na extensão do Romantismo do Museu da Cidade, uma iniciativa da Câmara Municipal do Porto, que inaugura a 09 de abril, marca o arranque da evocação.

As exposições prosseguem com "Aurélia de Souza. Do que Vejo", promovida pela Câmara Municipal de Matosinhos, que acontece na Quinta de Santiago de 26 de maio a 04 de setembro e tem curadoria de Cláudia Almeida e Filipa Lowndes Vicente, e "Aurélia de Souza. Ilustrações Inéditas", que fazem parte do acervo da Universidade do Porto e são mostradas, na Casa Comum, de 12 de julho a 22 de outubro.

O reitor da UP, António de Sousa Pereira, realçou as obras que Aurélia de Souza "produziu enquanto estudante" daquela instituição e referiu que a "importância artística da pintora justifica a parceria interinstitucional" que resulta num "programa de celebrações vasto, diversificado e honroso".

Há também a mostra "Vida e Segredo", patente de 24 de novembro deste ano a 23 de 2023 no Museu Nacional Soares dos Reis.

Destaque ainda para o programa performativo "De Corpo Presente", que "convoca um conjunto de criadores contemporâneos da dança, teatro e poesia", esclareceu o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, e que terá um primeiro momento na Feira do Livro do Porto.

O autarca lembrou uma artista que foi "alguém bailando entre a casa e o mundo, entre os papéis de género, entre o sagrado e o pagão, popular e tantas vezes herético, uma mulher cosmopolita que desafiou as convenções de uma época".

Também a presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Luísa Salgueiro, elogiou a "comemoração extraordinária que alguém também extraordinária", que é "uma das artistas mais representadas na Câmara de Matosinhos, com mais de 20 obras" e teve um papel fundamental "neste mundo difícil de afirmação do papel das mulheres na sociedade".

O "Catálogo Raisonné", que reúne de forma abrangente a vasta obra da artista, tem coordenação científica de Raquel Henriques da Silva e Elena Komissarova, do Instituto de História da Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, Ana Paula Machado, da DGPC, e Maria Aguiar, do núcleo do Porto da UCP.

A diretora do núcleo do Porto da UCP, Isabel Braga da Cruz, realçou o papel da instituição de ensino superior no estudo, mas também na conservação e restauro da obra de uma pintora que foi a "única a ser considerada como igual pelos seus contemporâneos masculinos".

As responsáveis pela coleção são também quem, com Joana d'Oliva Monteiro, coordena o congresso internacional, que acontece em abril de 2023 no Porto e em Matosinhos.

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