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Lavoisier apresentam "uma espécie de cosmos" sem sítio nem propriedade

'Ai', o novo álbum do duo Lavoisier, chama outros músicos e faz a transição para o formato de banda num disco que se situa novamente "nesta não-propriedade, num não-sítio, uma espécie de cosmos".

Lavoisier apresentam "uma espécie de cosmos" sem sítio nem propriedade
Notícias ao Minuto

23:32 - 22/03/22 por Lusa

Cultura Álbum

O quarto longa duração desta dupla surge depois de um interlúdio que imergiu na obra poética de Miguel Torga, em 'Viagem a um Reino Maravilhoso', de 2019, mas é, na verdade, 'uma sequela' de 'É Teu', lançado em 2017.

"No 'É Teu' proclamávamos a não-propriedade das coisas. Agora, situamo-nos outra vez nesta não-propriedade, num não-sítio, uma espécie de cosmos", explicou à Lusa Roberto Afonso, metade dos Lavoisier.

Chamaram amigos para um sítio "utópico no Gerês", que os levou numa "evolução natural, com novos instrumentos, com novos arranjos".

Entre eles estão o músico e ativista angolano Vum Vum Kamusasadi, o contrabaixista Carlos Bica, as Cantadeiras de São João do Campo, no Gerês, e as palavras da artista brasileira Ava Rocha.

"Há essa evolução natural de nos libertarmos de sermos só nós os dois", acrescentou Patrícia Relvas.

Para Roberto Afonso, "claramente foi um casamento feliz o conceito do álbum com o que acabou por acontecer a seguir".

"Pudemos experimentar, pela primeira vez, propostas vindas de fora, que não tivessem vindo de nós os dois", concretizou.

Os músicos que convidaram são pessoas que a dupla foi "encontrando ao longo de dez anos de trabalho de Lavoisier", explicou Patrícia Relvas.

'Aí' está disponível em formato digital e em CD a partir de hoje e terá também uma edição em vinil.

Uma semana depois, no dia 29, é apresentado no Teatro da Trindade, em Lisboa, com "20 pessoas em palco".

Os dois músicos vão, com este trabalho, fazer concertos "em formato banda" e "tentar fazer mais arranjos ao vivo".

Depois de quase uma década a trabalhar em formato duo, "é um desafio interessante" alargar o grupo e estão "muito contentes por poder ir para a estrada a trabalhar com outros músicos", garantem.

Ainda assim, admitem que o "álbum é difícil de apresentar ao vivo na sua plenitude, porque nunca foi pensado no formato banda".

"Abusámos da liberdade de estarmos fechados", brincou Roberto Afonso.

Patrícia Relvas e Roberto Afonso estudaram nas Caldas da Rainha e começaram a explorar a sua música em Berlim.

Têm quatro álbuns editados: 'Projecto 675' (2014), 'É Teu' (2017), 'Viagem a um Reino Maravilhoso' e o recém-nascido 'Aí' (2022).

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