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Museu Nacional de Arqueologia vai fechar para "profunda remodelação"

O Museu Nacional de Arqueologia (MNA), em Lisboa, ficará encerrado até 2025 para uma "profunda remodelação", que custará 24,5 milhões de euros, provenientes do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), anunciou hoje a direção.

Museu Nacional de Arqueologia vai fechar para "profunda remodelação"
Notícias ao Minuto

17:30 - 22/12/21 por Lusa

Cultura PRR

Numa apresentação pública da requalificação do museu, no Mosteiro dos Jerónimos, onde está localizado, o diretor, António Carvalho, explicou que o MNA "encerrará em breve" e só reabrirá em 2025, para que seja feita uma "requalificação integral que não é comum em Portugal".

O encerramento acontecerá assim que transferirem o sistema de bilheteira para os espaços do Mosteiro dos Jerónimos.

Há décadas que o Museu Nacional de Arqueologia reclamava uma intervenção de fundo de espaços e de exposição permanente, uma vez que muito do espólio está guardado em reservas, inacessíveis ao público.

"É um ato de justiça para com o museu", sublinhou António Carvalho, reconduzido este ano na direção, para um mandato de nove anos.

Sobre a aplicação dos 24,5 milhões de euros previstos no PRR, o diretor mencionou "um prazo apertadíssimo" para executar "uma intervenção profunda e hercúlea".

O museu terá ainda a área ampliada pela cedência da Torre Oca do Mosteiro dos Jerónimos, atualmente ocupada pelo Museu de Marinha, e sofrerá uma reorganização dos espaços no subsolo, numa intervenção que, em simultâneo, servirá para consolidar as fundações do mosteiro e protegê-las de "vulnerabilidades sísmicas".

Sem adiantar o cronograma previsto, António Carvalho falou num trabalho de desconstrução e desmontagem do museu, para duplicar a área expositiva, de modo a que, em 2025, surja "um museu novo para o século XXI", que conte a história da ocupação humana no território que é hoje Portugal.

Referindo que a estreita ligação do MNA com a comunidade científica, António Carvalho afiançou que os projetos de investigação não serão interrompidos com as obras no edifício.

Questionado pela agência Lusa sobre a necessidade de profissionais para o futuro museu, o diretor disse que, no mínimo, precisará do dobro dos 36 trabalhadores que atualmente estão integrados na estrutura do MNA.

Na sessão de apresentação, o diretor-geral do Património Cultural (DGPC), João Carlos Santos, recordou que a intervenção no MNA será acompanhada também de um projeto de intervenção no mosteiro dos Jerónimos, orçado em três milhões de euros, igualmente no âmbito do PRR.

Presente na sessão, a ministra da Cultura, Graça Fonseca, afirmou que o investimento que será feito no Património, com verbas do PRR, é "uma decisão política".

O MNA, com 24,5 milhões de euros, e o Teatro Nacional de São Carlos, com 27,9 milhões de euros, são os dois equipamentos com a maior fatia de investimento no PRR para a Cultura, representando, no conjunto, 52,4 milhões de euros, mais de um terço da 'fatia' destinada ao património (150 milhões de euros) e mais de um quinto do total para o setor (243 milhões).

As verbas do PRR para a área da Cultura somam um valor global de 243 milhões de euros, a aplicar até 2025.

Para a área da salvaguarda do património cultural estão destinados 150 milhões de euros, a repartir pela requalificação e conservação de 46 museus, palácios, monumentos e teatros nacionais, e também para o programa Saber Fazer.

O Fundo de Salvaguarda do Património Cultural ficará responsável pela aplicação dos 150 milhões do PRR e será o intermediário na atribuição das verbas com as entidades envolvidas.

O PRR é um mecanismo de financiamento, de âmbito europeu, para ser aplicado em reformas estruturais em resposta à crise pandémica provocada pela covid-19.

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