Meteorologia

  • 28 MARçO 2024
Tempo
14º
MIN 11º MÁX 17º

Teatro S. Luiz abre temporada com texto de Wole Soyinka pelo Teatro Griot

"Uma dança das florestas", do escritor nigeriano Wole Soyinka, Nobel da Literatura em 1986, pelo Teatro Griot, é a peça com que o Teatro Municipal S. Luiz, em Lisboa, abre a temporada de espetáculos em 12 de janeiro de 2022.

Teatro S. Luiz abre temporada com texto de Wole Soyinka pelo Teatro Griot
Notícias ao Minuto

14:55 - 21/12/21 por Lusa

Cultura Teatro S. Luiz

Para os mais novos, a programação abre no dia seguinte, com "Não", peça resultante do encontro entre o encenador italiano Giacomo Scalisi e o escritor português Afonso Cruz, que fala da importância da negativa e da recusa, sempre que ela tiver de existir.

Quanto a "Uma dança das florestas", com encenação e dramaturgia de Zia Soares, põe em palco "dois espíritos mortos inquietos, que trazem consigo as feridas de outro tempo e confrontam os seus carrascos num estranho ritual de morte, expiação, desobediência e renascimento", refere o S. Luiz, no texto de apresentação da temporada.

Em "Uma dança das florestas", as personagens o Morto e a Morta, que regressam à vida por ação do deus Aroni, levantam-se das suas sepulturas de terra, no meio da floresta, e pedem àqueles que passam para "aceitarem o seu caso".

O Morto e a Morta foram marido e mulher, em vida. Ambos possuem feridas de um outro tempo e irão confrontar quatro mortais -- Rola, Adenebi, Agboreko e Demoke - que carregam consigo o seu passado, apesar de não manterem a identidade anterior.

Rola é uma prostituta que, na vida anterior, foi Madame Tartaruga, Adenebi é um historiador da corte do império Mata Kharibu, que agora é um orador do conselho, enquanto Agboreko, foi um adivinho do Imperador Mata Kharibu e, nesta vida, mantém a mesma atividade; e Demoke, que foi poeta da corte, é agora escultor.

"Uma dança das florestas" estará em cena de 12 a 23 de janeiro, tem tradução de Rita Correia e, na interpretação, vão estar Ana Valentim, Cláudio Silva, Gio Lourenço, Júlio Mesquita, Matamba Joaquim, Miguel Sermão, Rita Cruz e Vera Cruz.

Já para os mais novos, o primeiro espetáculo de 2022 do S. Luiz é "Não", uma iniciativa pensada para crianças com mais de oito anos que nasceu a partir de um diálogo entre o encenador italiano Giacomo Scalisi e o escritor português Afonso Cruz, sobre os seus livros "Paz traz paz", "O livro do ano" e ainda alguns textos inéditos do autor de "O pintor debaixo do lava-loiça" e "Nem todas as baleias voam".

"Não" é como um lembrete de coisas importantes, das quais não nos podemos mesmo esquecer. É a história do "sim" que deveria ter sido "não" na qual três mulheres se fundem numa só para nos explicar que os monstros podem mesmo existir -- e que ganham forma com as mais pequenas coisas e com os medos mais infundados.

A interpretar e na cocriação de "Não", que fica em cena de 13 a 16 de janeiro, vão estar Ana Root, Rita Rodrigues e Sofia Moura.

Leia Também: 'Passagem secreta': Poesia cénica, visual e textual no Teatro S. Luiz

Recomendados para si

;
Campo obrigatório