O PRR para a área da Cultura tem uma dotação global de 243 milhões de euros (ME), dos quais 150 ME dizem respeito ao Património Cultural e 93 ME serão aplicados em Redes Culturais e Transição Digital.

No caso dos 93 ME, a gestão do investimento passará pelo Gabinete de Estratégia, Planeamento e Avaliações Culturais (GEPAC) e terá uma repartição de verbas diferenciada entre 2022 e 2025.

No próximo ano, a verba disponível no PRR para investir em Redes Culturais e Transição Digital será de 15,3 ME, em 2023 estão cabimentados 42,9 ME, em 2024 serão 24,6 ME e para 2025 o investimento será de 9,7 ME, elencou a diretora-geral do GEPAC, Fernanda Heitor.

Embora a maior fatia financeira seja em 2023, o cronograma de aplicação enunciado pela diretora-geral especifica que a maioria das medidas será concretizada a partir do quarto trimestre de 2024.

Segundo Fernanda Heitor, no segundo trimestre de 2022 serão concretizadas, genericamente, "as especificações tecnológicas para a rede de equipamentos culturais".

Ainda em 2022, mas no quarto trimestre, está prevista a modernização tecnológica do Arquivo Nacional da Imagem em Movimento (ANIM) e a criação da plataforma de empréstimo de livros eletrónicos de cerca de 300 bibliotecas públicas.

Para o terceiro trimestre de 2023 foi remetido o apoio à tradução da obra "Os Lusíadas", de Luís Vaz de Camões, nas línguas oficiais da União Europeia.

A partir do quarto trimestre de 2024 está prevista a "aquisição de equipamentos informáticos, bibliotecas itinerantes 'online' e sistemas de informação e catálogos integrados em 239 bibliotecas públicas".

O mesmo acontece com "a cobertura de 'wifi' em 50 monumentos, palácios e monumentos", a "aquisição de equipamento de projeção digital de cinema e de vídeo imagem e tecnologia para 155 teatros, cineteatros e centros de arte contemporânea públicos", e a modernização tecnologia dos laboratórios de conservação e restauro.

Também para o final de 2024 é concretizada a instalação do Arquivo Nacional do Som, em Mafra.

Para o final de 2025 é remetida "a entrega de infraestruturas tecnológicas modernizadas para a rede de equipamentos culturais", a digitalização de 20 milhões de imagens dos espólios das bibliotecas públicas, da Biblioteca Nacional e da Biblioteca Pública de Évora e a digitalização de mil filmes portugueses da Cinemateca.

Também para o final de 2025 ficou calendarizada a digitalização de 19,5 milhões de documentos da Direção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas, a digitalização de acervos de museus sob a gestão pública e a criação de visitas virtuais em 65 desses espaços museológicos.

O apoio à tradução de obras literárias, o apoio à edição de 'audiobooks' e 'ebooks', o apoio à transição digital das livrarias, a digitalização e virtualização de coleções públicas e o apoio financeiro à tradução e edição de obras literárias também ficará para 2025.

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