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Aprovado novo mandato de equipa para instalar o Arquivo Nacional do Som

A equipa de instalação do Arquivo Nacional do Som, liderada pelo antropólogo Pedro Félix, terá um novo mandato para concluir a criação deste equipamento cultural, decidiu hoje o Governo em Conselho de Ministros.

Aprovado novo mandato de equipa para instalar o Arquivo Nacional do Som
Notícias ao Minuto

17:45 - 02/12/21 por Lusa

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Em comunicado, o Conselho de Ministros explica que aprovou hoje a "renovação automática do mandato da equipa de instalação do Arquivo Nacional do Som", bem como um ajustamento da missão e das competências do coordenador.

O objetivo é que seja feita a "adequada instalação física do Arquivo Nacional Sonoro", contando com o investimento previsto no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), no valor de dois milhões de euros, e de outros "mecanismos de apoio financeiro da União Europeia".

Contactado pela agência Lusa, Pedro Félix explicou que o seu atual mandato de três anos, na coordenação do projeto, termina em fevereiro de 2022, mas que deverá ser renovado por outros três anos.

O investigador da Universidade Nova de Lisboa afirmou ainda que em breve entregará à ministra da Cultura, Graça Fonseca, o 'dossier', com mais de 300 páginas, com informação "bastante detalhada" para a instalação de uma entidade "moderna, eficaz e sustentável".

O 'dossier' incluirá, por exemplo, indicações sobre número de trabalhadores, tipos de equipamentos, propostas de como classificar os documentos sonoros e ainda uma proposta concreta sobre depósito legal, disse.

"Este arquivo é para o futuro", sublinhou Pedro Félix, recordando que a primeira vez em que se falou da necessidade de criar um arquivo nacional para o som, tal como existe para as imagens em movimento, para os livros ou para a fotografia, foi em 1935, com a criação da antiga Emissora Nacional.

O Arquivo Nacional do Som será "uma estrutura arquivística focada nos documentos sonoros", em qualquer "suporte, sistema, ou formato hoje conhecidos ou a ser inventados", lê-se na página oficial.

A principal função do arquivo será criar, reunir, catalogar, preservar e tornar acessíveis documentos áudio, que tenham uma relação com um contexto português ou com a língua portuguesa. Esse documento pode ser um discurso, uma conversa, uma música, uma paisagem sonora.

Pedro Félix lembra a fragilidade dos suportes de som e que a estratégia mais eficaz para preservar o património sonoro é a digitalização, pelo que será necessário investir em infraestruturas; daí a entrada de financiamentos europeus.

Segundo o coordenador, nestes três primeiros anos de coordenação foi possível sistematizar boas práticas culturais e fazer um levantamento do património sonoro em Portugal.

"Já sabemos o que existe e onde existe, tivemos um bom acolhimento de 98% das entidades com quem falámos", disse Pedro Félix, exemplificando que foram contactadas bibliotecas, museus, escolas, agrupamentos musicais, colecionadores e até partidos políticos.

Com a aprovação hoje em Conselho de Ministros de um novo mandato, Pedro Félix fala de uma segunda fase que inclui, por exemplo, "diálogo com as comunidades especializadas, com rádios, editoras, etc, para ouvir opiniões".

Questionado sobre se as eleições legislativas de janeiro poderão ditar alterações ao projeto, Pedro Félix afirmou-se convicto de que "há consenso em relação à estrutura" e aos propósitos do arquivo.

A agenda da ministra da Cultura, hoje divulgada, indica que o protocolo para a instalação do Arquivo Nacional do Som está entre os documentos a assinar na sexta-feira, em Mafra.

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