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Prémio Saramago passa a distinguir obras inéditas de autores até aos 40

O Prémio Literário José Saramago vai passar a contemplar obras de ficção inéditas de autores até aos 40 anos, aumentar o valor a atribuir em 15 mil euros, e garantir a publicação e distribuição do livro vencedor pela lusofonia.

Prémio Saramago passa a distinguir obras inéditas de autores até aos 40
Notícias ao Minuto

17:58 - 24/11/21 por Lusa

Cultura Prémio Saramago

O anúncio foi feito hoje pelo grupo Bertrand Círculo, no âmbito de um balanço crítico da Fundação Círculo de Leitores, que instituiu o prémio em 1999, "sobre o que mudou nestas duas décadas, enformando importantes mudanças sociais que importa reconhecer e incorporar na mecânica do mesmo".

Assim, uma das alterações deste prémio destinado a obras de ficção, romance ou novela tem a ver com a idade dos candidatos, que não podia ultrapassar os 35 anos e que, a partir do próximo ano, se estende até aos 40.

Outra novidade é o facto de o prémio passar a distinguir obras inéditas, garantindo-lhes depois a publicação da obra vencedora em Portugal (pelo Grupo Porto Editora) e no Brasil (pela Globo Livros), bem como a distribuição em todos os países da lusofonia.

O valor pecuniário do prémio foi reforçado, passando de 25 mil euros para 40 mil euros, e os jurados passarão a ser anteriores galardoados, "como forma de perpetuar o espírito de Saramago".

Assim, a próxima edição, que estava prevista para este ano, mas que se realizará em 2022, depois de ter sido adiada devido à pandemia de covid-19, terá como jurados José Luís Peixoto, Gonçalo M. Tavares, Valter Hugo Mãe, João Tordo e Bruno Vieira Amaral.

O Prémio Literário José Saramago foi instituído para celebrar a atribuição do Prémio Nobel da Literatura de 1998 ao autor de "Memorial do Convento", visando jovens autores, cuja primeira edição tivesse sido publicada num país da lusofonia.

"Pensado como instrumento para a defesa da língua através do estímulo ao surgimento de jovens escritores, o Prémio Literário José Saramago reconheceu muitos daqueles que se tornaram os mais destacados autores de língua portuguesa das últimas duas décadas", sublinha o grupo editorial em comunicado.

Serão também atualizados o regulamento e o processo de apresentação de candidaturas, que deverá ser feito sob pseudónimo e através de uma plataforma 'online' criada especificamente para o efeito.

As candidaturas para a 12.ª edição do prémio, realizada pela Fundação Círculo de Leitores em articulação com a Fundação José Saramago, decorrem a partir de janeiro e o vencedor será anunciado numa cerimónia pública a ter lugar no último trimestre de 2022.

Este prémio de periodicidade bienal, distinguiu, desde 1999, além dos nomes que farão parte do júri da próxima edição, os escritores Paulo José Miranda, Adriana Lisboa, Andréa del Fuego, Ondjaki, Julián Fuks e Afonso Reis Cabral, o último distinguido, em 2019, com o romance "Pão de Açúcar".

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