Teresa Esgaio expõe desenhos que contam histórias da vida no mar
Uma seleção de desenhos de Teresa Esgaio que contam histórias da dureza da vida no mar, com a incerteza e a morte sempre iminentes, vai estar em exposição entre sexta-feira e domingo na Cordoaria Nacional, em Lisboa.
© Lusa
Cultura Cordoaria Nacional
"O Mar não é Redondo" dá título a esta exposição "sobre a condição e a fragilidade humanas, o homem perante o seu destino, a estrutura testada ao limite, num universo invisível, desconhecido e infinito", segundo um texto sobre a exposição que ficará patente na Sala dos Barcos do Torreão Poente da cordoaria.
Os desenhos apresentados nesta exposição - em carvão, grafite e pastel seco sobre papel - "surgem de uma herança familiar que é não só uma marca identitária, um sentimento de pertença, mas também um vínculo, inelutável, ao qual não se pode fugir", acrescenta a nota sobre o tema escolhido pela artista nascida em 1985, na Nazaré, vila do distrito de Leiria, que vive e trabalha atualmente em Lisboa.
"Quando se cresce com as histórias do mar, cresce-se com a consciência da dureza da vida do mar, com a incerteza do dia seguinte e com a morte, sempre iminente", aponta ainda o texto sobre o tema da vida dos marinheiros e pescadores, explorado por Teresa Esgaio, licenciada em Arte e Multimédia pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.
As obras expostas sublinham a fragilidade e a força exigida para ultrapassar limites que a vida no mar representam: "Neste duelo, o homem é forçado a enfrentar um mar que é ser vivo, que ouve e que fala, que é generoso, mas temperamental, destino fatal e redenção. Um mar que é sustento, que cerca e enclausura, mas que também é caminho e liberdade".
"O Mar não é Redondo" percorre vários aspetos da ligação entre o marinheiro/pescador, e este elemento da natureza, desde o diálogo com a natureza, e o diálogo interno, a "perda de ligação ao real, e frente ao imenso desconhecido", e o acesso a níveis de vivências imateriais, relacionados com o onírico e místico.
Teresa Esgaio, que nos seus desenhos explora conceitos como o tempo, a memória e a identidade, tem exposto o seu trabalho, nacional e internacionalmente, desde 2015.
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