Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
18º
MIN 13º MÁX 19º

Nova ópera de Luís Soldado com libreto de Rui Zink estreia-se hoje

A nova ópera de câmara de Luís Soldado, intitulada "O Regresso da Norma", estreia-se hoje no claustro do Convento da Graça, em Torres Vedras, com libreto de Rui Zink e encenação de Linda Valadas.

Nova ópera de Luís Soldado com libreto de Rui Zink estreia-se hoje
Notícias ao Minuto

06:07 - 31/08/21 por Lusa

Cultura Ópera

Esta ópera "é uma reflexão sobre o último ano e meio", em que o país viveu um confinamento devido à pandemia de covid-19, disse Luís Soldado em declarações à agência Lusa na semana passada.

"Poderá uma ópera ajudar a perceber o que passámos durante a pandemia? Esta foi a pergunta que tanto eu como o Rui Zink e a Linda Valadas fizemos durante todo o processo criativo. Esta ópera mistura muitos dos sentimentos pelos quais todos passámos: o medo, a solidão, a perda e a incredulidade de inúmeras situações absurdas e cómicas. A ópera é também sobre o regresso à normalidade que todos ansiamos", depois da pandemia da covid-19.

"O Regresso da Norma" remete de imediato para a conhecida ópera "Norma", de Bellini, que Luís Soldado reconhece mencionar: "Eu faço uma citação, disfarçadamente, do II ato da ópera de Bellini, no início deste 'Regresso da Norma', logo após a abertura".

Sobre o enredo da ópera, adianta nota da produção: "Num estranho acaso, um transtorno temporal, Luana e Baluardo encontram-se porque ambos fogem de uma ameaça. Apenas não é claro que seja a mesma. São surpreendidos por um fantasma ameaçador, que afinal é apenas Urraca, disfarçada porque também ela está a ser perseguida".

"'O Regresso da Norma' põe em cena três dimensões. Se o sentido mais imediato para a Norma é a referência à incontornável figura da tradição operática trabalhada por Bellini, em contrapartida nesta interpretação a norma reverbera a ambiguidade vivida ao longo do último ano e meio no contexto da pandemia, com o normal como desejo e fantasma. A ópera estende-se ainda a um contexto mais abrangente que o da presente situação, com nuances que nos convidam a pensar o passado, o presente e o futuro, num convite à vida", disse à Lusa o compositor.

Esta não é a primeira colaboração operática entre Rui Zink e Luís Soldado; "será talvez a sétima", como disse à agência Lusa o compositor, que realçou o facto de "se conhecerem muito bem, permitindo cedências de parte a parte como exige um trabalho de colaboração".

"O Regresso da Norma", com direção musical do maestro Rui Pinheiro, conta com a participação da soprano Sónia Alcobaça, da meio-soprano Susana Teixeira e do barítono Rui Baeta, acompanhados por um violino, uma trompa, um violoncelo e um contrabaixo.

"O Regresso da Norma" está em cena hoje e dias 01, 02 e 05 de setembro às 18:00 no claustro do Convento de Nossa Senhora da Graça, em Torres Vedras, e ainda neste espaço, mas às 21:30, nos dias 03 e 04. Em Mafra, também no distrito de Lisboa, será apresentada no Largo Coronel Brito Gorjão, no dia 04 de setembro às 16:00.

Leia Também: Festival Informal de Ópera estreia 4 óperas em português em Braga

Recomendados para si

;
Campo obrigatório